Mineirinha de sucesso
Mylena sem medo de ser feliz
Vencedora da última edição do ‘The Voice Brasil’ fala de seu dom e seus planos
A voz que hoje é conhecida no Brasil começou a ser ouvida pelo público em Teófilo Otoni, no interior de Minas Gerais, dentro de uma igrejinha local. “Era uma música gospel, que se chama ‘A Pequena Criança’. Foi a primeira vez que cantei em um ambiente com mais pessoas, fora de casa. Eu tinha 5 anos. Nunca pensei em fazer outra coisa na vida. Acredito que cantar seja um dom”, assegura Mylena Jardim, que completou 18 anos no último dia 13 de maio.
A intérprete foi a vencedora, no ano passado, da mais recente edição do reality show “The Voice Brasil”, da Rede Globo. Na atração, chegou a ser amadrinhada por Claudia Leitte e, posteriormente, por Michel Teló. “Ter esse contato direto com o meio artístico e com essas pessoas me ensinou muito. Aprendi, principalmente, a me portar diante da plateia, na frente das câmeras, porque eu sempre fui muito tímida, mas consegui vencer isso. Perdi o medo de errar e ser feliz”, garante Mylena.
A cantora, que se apresentou no teatro Bradesco no último dia 8, está feliz da vida. No repertório, além de canções que ficaram conhecidas em suas aparições no programa, como “Love on the Brain”, sucesso da estrela pop Rihanna, e “Olhos Coloridos”, hit de Sandra de Sá, Mylena presenteou o público com muitas surpresas. Foi um show com 30 músicas, com a presença de canções de Rita Lee e Tim Maia.
Disco
Está previsto para este ano o primeiro EP da carreira de Mylena. Por enquanto, não há definição quanto ao número de faixas ou ao título do trabalho que a cantora grava no Rio de Janeiro. Natural de Belo Horizonte, Mylena chegou a viver na cidade dos pais, Teófilo Otoni, durante a infância, mas logo voltou à capital, onde reside ainda hoje com a mãe e o irmão, no bairro Tupi, na região Norte.
Além do prêmio em dinheiro de R$ 500 mil, a vitória na atração televisiva valeu à cantora um contrato com a gravadora Universal Music. É por meio dela que o EP será lançado. Compositor dos megassucessos “Bang” e “Hoje”, gravados, respectivamente, por Anitta e Ludmilla, o nome de Umberto Tavares certamente estará na ficha técnica do trabalho, assinando algumas canções.
Porém, Mylena salienta a presença de canções inéditas e autorais. “As palavras, para mim, fluem naturalmente, e as melodias, também. Normalmente, o que me inspira a compor são as histórias de outras pessoas, coisas que vejo ou elas me contam, porque eu mesma nunca tive um romance”, observa. Apesar disso, a cantora admite que algumas composições nascem de sentimentos particulares, embora não pelo viés desejado. “Já tive a experiência de gostar, mas não ser correspondida”, lamenta.
Juventude
Além da solidão afetiva constatada por Mylena e que atinge, em especial, as mulheres negras no Brasil, bandeira empunhada nas Minas Gerais pela compositora Maíra Baldaia e pela militante do coletivo Negras Ativas Nath Sol, entre muitas outras vozes que se insurgem contra tal repressão, a cantora lida ainda com os desafios de alcançar a fama com tão pouca idade. Para ela, porém, a juventude não significa um problema. “Tenho uma família que me ajuda muito, além disso é bom a gente chegar cedo aonde quer, porque aí tem mais tempo para curtir nosso sonho”, aposta. Tanto que a nova sensação da música brasileira também se identifica com ídolos jovens: “Sou uma cantora pop. Gosto do Justin Bieber e da Anitta”.
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