Especial Super 12 anos
Para comemorar, tem até bolinho do super
Apaixonada pelo grafite, belo-horizontina cria personagem e espalha seus bolinhos pelos muros de Belo Horizonte
Uma ideia na cabeça e a vontade de levar cores e vida para as ruas trouxe um novo personagem para os muros belo-horizontinos. Foi assim que, em 2009, a grafiteira Maria Raquel Alves Couto Ramiro, de 28 anos, idealizou o bolinho. Mesmo acreditando não ter muita habilidade com desenhos – mas, ao mesmo tempo, encantada com o mundo do grafite –, ela persistiu e acabou criando o seu personagem. Ele foi aprimorado ao longo do tempo e já retratou vários momentos do cotidiano e personagens diversos. O bolinho dessa semana é especial, faz uma homenagem aos 12 anos do jornal e aparece na figura do jornaleiro, que é quem de fato leva as notícias para as ruas. Super Notícia
“Quando decidi encontrar um desenho para pintar, procurei pensar em coisas que eu gosto e me identifico. Cozinhar e confeitar sempre foi uma paixão e, com isso, tive a ideia de desenhar um cup cake. Com ele, eu poderia explorar cores e formatos, mas como não tinha muita prática, tentei simplificar ao máximo os traços para reproduzir o bolinho nas ruas”, contou a artista. Maria Raquel afirma que os primeiros eram bem simples e tinham sempre a mesma carinha. A diversidade em seu trabalho foi surgindo com o tempo. Já familiarizada com o bolinho, hoje ela consegue modificar suas feições, acrescentar outras coisas ao desenho e inovar a cada grafite.
Segredo da artista
O processo criativo não é nada muito complexo, e as ideias são naturais. Para a criadora, o segredo é andar sempre com papel e caneta, e cada cena que prende seu olhar ao andar pelas ruas pode ser uma nova ideia para o bolinho. Os muros escolhidos também são aleatórios. “Saio pela cidade sempre procurando um espaço. Gosto de locais degradados, sujos e abandonados. Assim, eu consigo uma estética mais legal. Com as cores, eu consigo fazer um contraste interessante nesses lugares”, explica.
A artista gosta de manter uma frequência em seus trabalhos, já que os grafites são sempre apagados e não resistem por muito tempo. Desde que começou a grafitar, ela acredita que já foram feitos mais de 400 bolinhos. Normalmente, Maria Raquel prefere sair para pintar aos sábados, e tem uma média atualmente de três desenhos por semana. Dos últimos, o seu preferido é um que foi feito em um viaduto próximo à avenida Cristiano Machado. Ele é diferente dos outros porque mede seis metros de altura e tem mais ou menos 12 metros de largura. “Acho que quando fazemos um trabalho muito grande, a satisfação é maior”.
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