A manhã desta sexta-feira (22) começou diferente para os alunos da Escola Construir, no bairro Caiçara, em Belo Horizonte. Acostumados à rotina normal de sala de aula, eles se reuniram na quadra da escola para assistir ao jogo da seleção contra a Costa Rica, pela segunda rodada do grupo E da Copa do Mundo.
A expectativa e os gritos de "Brasil, Brasil!" no início da partida deram lugar ao nervosismo. O adversário da equipe de Tite segurou o ímpeto de Neymar e companhia. O duelo foi para o intervalo com o zero no placar.
"O time da Costa Rica está trapaceando muito, já empurrou o Neymar três vezes, mas tudo bem!", resmungou Ana Carolina, de 9 anos. Apesar do empate frustrante, Hadija Hanun, de 10, destacou a raça do selecionado brasileiro: "Todos os jogadores estão se empenhado muito para fazer uma ótima Copa".
Com o início da segunda etapa, as crianças não desanimaram e acompanhavam atentas cada ataque verde e amarelo. Empolgadas, não deixaram de apoiar a seleção em nenhum momento. Vibraram com o pênalti marcado sobre Neymar, mas o árbitro consultou o VAR e reviu sua decisão. O zero a zero se mantinha e a tensão tomou conta da quadra da escola.
Quando muitos já davam o jogo por terminado, Philippe Coutinho abriu o placar aos 45 minutos. As crianças explodiram numa alegria incontida. Beatriz Vieira, de 9, sentiu-se aliviada. "Com 0 a 0, eu estava até começando a chorar de tão triste, mas o Coutinho fez o gol e fiquei melhor", disse a garota, que adora o Neymar, mas quer ser goleira de futebol.
E foi do camisa 10, já nos acréscimos, o gol que sacramentou a vitória brasileira. Triunfo que faz com que Arthur Louzada, de 9, acredite no hexacampeonato. "Achei que a seleção ia perder, o goleiro da Costa Rica estava 'catando' muito, mas o Brasil mandou dois gols em seis minutos. Depois dessa vitória, dá para ser campeão."
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