Ao mesmo tempo em que a decisão da central Thaísa, do Itambé Minas, pegou muita gente de surpresa, ela é compreensível. Defender a seleção é um prazer e orgulho, mas não tenho dúvidas de que o corpo cobra. Não somos máquinas e é preciso ter sabedoria para escolher o momento de mudanças. Por mais que seja necessário abrir mão de uma Olimpíada.
Se para os (as) atletas que não são convocados para a seleção, a temporada já é desgastante, imagina para quem tem pouco ou nenhum tempo de férias, precisando abrir mão do desejado descanso. Termina a temporada de clubes, como a de seleções. Quando esta acaba, o ciclo se repete. Para que se mantém em alto nível, essa 'bola de neve' pede uma pausa.
Na pandemia, a situação piorou e as selecionadas não tiveram folga, já aproveitando a presença no CT de Saquarema para seguir por lá.
Esse fato isoladamente, já mostra o cansaço físico e mental exigido. Multiplique por 14 e temos uma noção do que motivou Thaísa.
Se seguir nessa batida, a chance de seguir em alto nível é reduzida. O histórico de lesões, principalmente uma grave no joelho esquerdo, exige saber dosar para perdurar e fazer a diferença, como fez nas duas últimas temporadas.
Thaísa abre mão da Olimpíada para ter os últimos anos de carreira como uma atleta de destaque máximo. O time nacional já teve sua cota de contribuição da jogadora, todos sabemos como vai fazer falta em Tóquio.
Mas de seleção pra ela, já deu. Agora é encontrar uma nova rotina de 'férias de verdade' para esticar sua presença em quadra pelo maior tempo possível.
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Central Thaísa abre mão de Tóquio para 'esticar' presença como destaque máximo
Jogadora do Itambé Minas conviveu com ciclo de clubes e seleção por 14 anos, deixando o corpo tomar difícil mas necessária decisão
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