Três dias. Esse é o prazo dado pela Justiça para que a MRV Prime e a Prefeitura de Belo Horizonte se manifeste à intimação sobre a Tutela Cautelar do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que visa à paralisação do Licenciamento Ambiental do Estádio do Atlético.
Na última terça-feira, o MPMG entrou com ação solicitando o veto às licenças prévias dadas pelo Conselho Municipal de Meio-Ambiente. Na ação, o MP destaca que o projeto irá causar danos irreversíveis à região no que se refere à condição ambiental e por se tratar de uma Área de Preservação Permanente (APP) no bairro Califórnia, região norte de Belo Horizonte.
Pelo lado da MRV, empresa responsável pela construção do estádio, o decreto do então Governador do Estado, Fernando Pimentel, em novembro do ano passado, de que o projeto do estádio é de interesse social, dá garantia de que a empresa possa intervir na APP.
O diretor executivo da Arena MRV, Bruno Muzzi destaca que além da manifestação em relação a ação do MPMG, a empresa trabalha com a melhoria da região.
"Em relação às proposições de melhorias da Arena MRV, existem várias. Por ser classificado como projeto de interesse social, a gente está tentando conciliar com a Prefeitura o que é adequado para a região e o que a população quer. Estamos estudando se haverá uma creche ou uma UBS (Unidade Básica de Saúde)", disse.
Trânsito. Há também um projeto para melhorar as condições viárias da região, com propostas de ampliação de vias como o Anel Rodoviário e a Via Expressa, que liga Belo Horizonte a Contagem.
"Existem diversas propostas de melhorias de área. Uma das preocupações é o trânsito, pelo impacto que a Arena gera. Existem várias proposições que estamos fazendo, mas não estão totalmente definidas, porque precisamos coordenar com a BHTrans. A Arena traz um impacto positivo para a região de área de lazer, melhoria da área. A gente acha que é um equipamento que vai contribuir muito para a região", comentou Bruno Muzzi.