Qual balanço você faz do Atlético até a parada para a disputa da Copa do Mundo?
A única coisa que saiu um pouco do que nós planejamos foi ficar fora da Copa do Brasil tão cedo. Chegamos à final do Mineiro, perdemos para nosso maior rival, e a gente sabe que é um jogo aberto e que qualquer um poderia ganhar. Tivemos a saída de um treinador, o que, querendo ou não, gera uma turbulência por causa da mudança de trabalho. Mas a gente conseguiu se reerguer e, no meu modo de ver, houve uma evolução tática. Somos vice-líderes do Campeonato Brasileiro, perdemos alguns pontos, mas conseguimos outros importantes também. Conseguimos tudo aquilo que tínhamos planejado até a parada para a Copa.
A pausa do Campeonato Brasileiro para a disputa do Mundial da Rússia pode ser considerada positiva ou é ruim por causa do momento do Atlético?
Acho que é bom. O desgaste é muito grande, principalmente quando você não conquista títulos e sofre eliminações. Isso gera uma carga muito pesada, psicologicamente falando, e esse descanso vai ser importante para todo mundo. Vamos acompanhar esta Copa do Mundo. No segundo semestre, a gente só tem o Campeonato Brasileiro, e vai dar para descansar legal de um jogo para o outro. Vamos ver se a gente consegue fazer uma bela volta de campeonato.
Pela sua experiência, como você avalia a situação de Thiago Larghi, que segue como técnico interino?
Dava para imaginar um clube como o Atlético, que teve seu planejamento no início do ano, chegar a este momento sem ter definida a situação de seu treinador? O Thiago, mesmo sendo auxiliar do Oswaldo Oliveira, sempre foi um cara muito ativo na comissão técnica, nas palestras e nos treinamentos. Então, quando ele assumiu, não foi nenhuma novidade para nós. Estávamos acostumados com aquela liderança dele em treinamentos e jogos, e hoje a gente o aceita como nosso treinador. Talvez interino para vocês, de repente é mais cômodo para a diretoria deixar dessa maneira, mas a gente tem ele como nosso treinador. E ele vem fazendo um excelente trabalho. Tomara que possa continuar com a gente até o fim do ano.
O Atlético tem enfrentado adversários fechados quando atua no estádio Independência. Você acha que é uma tendência os adversários jogarem assim contra o Atlético?
Não é contra o Atlético. O Campeonato Brasileiro do ano passado já foi assim. As equipes jogavam fechadas fora de casa. E foi nosso maior erro no ano passado, quando não conseguimos jogar fechadinhos. A gente queria bater de frente com todo mundo. E demoramos a entender isso. Perdemos pontos bobos e ficamos fora da Libertadores. Neste ano, a gente tem conseguido fazer bons jogos fora de casa também e tendo paciência jogando dentro de casa. Nosso torcedor precisa entender isso, porque a equipe adversária vai estar fechada, e precisaremos virar a bola de um lado para o outro e ter paciência para entrar. Estamos conseguindo fazer um grande campeonato dentro de casa, mesmo com as equipes dificultando bastante para a gente.