Não estar na provável lista de relacionados da viagem do Atlético para o Uruguai, para o jogo de terça-feira pela Copa Libertadores, em vez de desanimar, serviu de motivação para os jogadores que receberão oportunidade de atuar neste sábado (2) à noite contra o Guarani pelo Campeonato Mineiro. A partida, válida pela quinta rodada, acontecerá na Arena Independência, a partir das 19h.
A proximidade entre o jogo deste sábado com o duelo de estreia contra o Danubio (URU) fez com que o técnico Levir Culpi optasse, novamente, por colocar em campo um time bem diferente daquele que deve ser o principal durante o ano de 2019. No entanto, a equipe que começará o jogo desta noite deve ter peças que vão ter mais minutos de campo, ao contrário do que aconteceu na derrota contra o Tombense, na segunda rodada.
Boas atuações de quem receber oportunidade podem acelerar o processo para que eles possam ser cada vez mais lembrados pelo treinador. Ter um desempenho favorável, certamente, ganhará um peso para que Levi Culpi os observe com outros olhos, sempre alerta para opções de reforçar o elenco em curto, médio e longo prazo.
Entre os que já mostram potencial para ganhar mais espaço no time atleticano está o volante Neto, de apenas 16 anos. Depois de estrear entre os profissionais contra o Tombense, o jovem voltou a ser aproveitado na vitória de 4 a 0 sobre a URT, chegando a desempenhar a função de zagueiro, de forma emergencial, após a expulsão de Maidana.
Mesmo com pouca idade, Neto parece sair na frente de parte dos companheiros de time, já sendo observado com mais atenção pela comissão técnica e ganhando elogios do professor, até por estar se destacando.
“As coisas aconteceram muito rápido, a ficha ainda não caiu. Todos me ajudaram muito, desde a minha família até o pessoal do Atlético, diretoria, todos. Tenho sido humilde e procurado não inventar, subindo degrau por degrau. O time está fechado, um ajudando o outro, e estou à disposição para dar meu melhor, seja para atuar o jogo todo ou por apenas alguns minutos”, comenta o jogador.
De desacreditado na Bahia à joia da base alvinegra
Para quem saiu da pequena Guanambi, no interior da Bahia, e chegou a um lugar que nem todos conseguem alcançar, a satisfação do jovem volante Neto de fazer parte do elenco profissional é enorme, ainda vendo todo o esforço da família ser recompensado.
“Passamos frio e fome. Em muitos momentos, meus pais escondiam as dificuldades pra gente não ficar triste. Na minha cidade, eu era desacreditado por muitos, me chamavam de ‘bobão’, afirmavam que eu não chegaria a lugar algum. A fé da minha mãe é uma coisa que motiva muito. Minha família me ajudou demais pra eu chegar até aqui”, conta.
Mesmo com uma carreira inteira pela frente, Neto alimenta uma grande meta na profissão, que está próxima de se realizar.
“Sonho em jogar uma Libertadores pelo Atlético. Não sei se serei relacionado. Também tenho como meta jogar uma Champions League, defender a seleção, atuar ao lado de atletas que eu escolho no videogame. No último jogo, atuei ao lado do Elias pela primeira vez. Ele é uma inspiração pra mim. Pra quem está começando a carreira, eu indico tentar aproveitar as oportunidades que aparecem. É preciso abraçá-las da melhor maneira possível”, sugere o jovem, que tem recebido conselhos do companheiro de quarto Luan, além do goleiro Victor e do atacante Ricardo Oliveira.
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