No Brasil, não é novidade para ninguém que treinador vive sempre na corda bamba, correndo risco de ser demitido a cada rodada. Vagner Mancini parece ter antecipado essa cultura e já chegou ao Atlético com prazo de validade “vencido”.
Quando assumiu, o time vinha de uma sequência negativa, que culminou com a demissão de Rodrigo Santana. Sem apoio da torcida e mesmo com um contrato de apenas três meses, Mancini topou o desafio.
Apresentado em outubro, muito mais na função de bombeiro do que de treinador, ele sabe que sua presença na Cidade do Galo vai até o próximo dezembro. Mesmo assim, garante estar trabalhando vislumbrando, também, a próxima temporada.
“Independentemente se nós vamos estar aqui ou não, acho que é uma obrigação minha já preparar a equipe de 2020. Se hoje sou técnico do Atlético, tenho de pensar dessa forma. É quase uma obrigação”, ressalta.
Planejar 2020, na avaliação de Mancini, significa observar com quem contar no próximo ano, incluindo os meninos da base. “Vi um jogo-treino do sub-20 e fiquei muito entusiasmado, não só em termos de organização da equipe como em peças individuais, que podem estar em 2020 aqui no profissional”, projeta.
Dois desses garotos, por exemplo, foram incorporados ao time de cima nesta semana: o zagueiro Léo Griggio e o volante Guilherme Castilho. Até o fim do ano, serão observados pela comissão técnica.
“É muito importante a convivência deles dentro do grupo. O espaço de cada um vai surgir a partir do momento em que estiverem mais maduros dentro do elenco”, pondera Mancini.