Análise
Pós-covid: quem segurou as pontas para o Galo seguir na ponta durante o surto
Alguns jogadores do Atlético aproveitaram a chance causada pelas ausências de titulares, enquanto outros não conseguiram sobressair
As peças utilizadas que precisaram ser reposições dos jogadores titulares por conta da covid-19 retonarão ao banco de reservas ou apenas aos treinos com o grupo principal ou time de transição. Com a recuperação dos atletas infectados, o Atlético voltará a ter seus principais jogadores para o próximo duelo pelo Campeonato Brasileiro, domingo (6), às 18h15 (de Brasília), no Mineirão, contra o Internacional, ainda na liderança da competição.
O fato de ainda permanecer no primeiro posto da tabela de classificação é de se comemorar, tendo em vista que o clube teve mais de 30 casos de covid-19 em seu futebol profissional, passando pela diretoria, comissão técnica e atingindo também os atletas.
Foram três jogos sem boa parte de seus principais jogadores. A derrota por 2 a 0 para o Athletico-PR, no Mineirão, o empate em 2 a 2 com o Ceará, em Fortaleza, e a vitória sobre o Botafogo, por 2 a 1, em casa.
Além dos resultados que mantiveram a equipe alvinegra na ponta da tabela, o torcedor alvinegro pôde conhecer o futebol de alguns jogadores e saber com quem o técnico Jorge Sampaoli pode contar daqui para frente. O treinador argentino foi um dos que foram atingidos pela covid-19 e não comandou o Galo nessas três partidas. Leandro Zago, treinador da equipe sub-23, foi quem substituiu o infectado Sampaoli e entregou o time na liderança.
Em alta
O Super.FC acompanhou os jogos na íntegra e listou quem se deu bem nessas ‘provas de fogo’ e quem não aproveitou a chance.
O antigo titular do gol, Rafael, manteve a qualidade técnica e foi muito bem diante do Ceará e do Botafogo, com defesas seguras e sem culpas nos gols sofridos.
Os jovens Talison e Calebe apareceram bem e demonstraram personalidade. O primeiro, lateral-direito, mostrou firmeza ao se corrigir nos mesmos lances em que errava, diante do Furacão. Pelo seu lado, não houve comprometimento no sistema defensivo.
Calebe entrou bem contra o Athletico-PR, porém, o placar já estava adverso e o time, muito desfalcado, pouco ajudou a desenvolver na parte ofensiva. Já diante do Botafogo demonstrou bom desempenho.
O meia Hyoran já havia entrado bem diante do Ceará, quando conseguiu fechar a marcação no meio-campo, uma vez que o Atlético tinha um jogador a menos (Borrero foi expulso). Além disso, deu bons passes e conseguiu segurar a bola para impedir os contra-ataques dos donos da casa. Já diante do Botafogo, Hyoran foi escolhido com um dos melhores em campo, cumprindo a função de ajudar na marcação pelo lado esquerdo e apoiando com qualidade.
Em baixa
O zagueiro Bueno atuou diante do Athletico-PR e do Ceará e não foi bem. No primeiro jogo, demonstrou insegurança e falhou em, pelo menos, um dos gols do Furacão, além de cometer erros primários de passe e posicionamento. Contra o Ceará e Botafogo foi discreto.
O atacante Marquinhos, que chegou a entrar no decorrer dos jogos no início do trabalho de Sampaoli, se vê em um mau momento. O jogador entrou no decorrer do empate contra o Ceará e não conseguiu dar sequências às jogadas. Sequer entrou contra o Athletico-PR e Botafogo.
Antes do surto de covid-19 no grupo alvinegro, o Atlético ocupava o primeiro lugar, com 38 pontos, dois a mais do que o Internacional, então vice-líder. Agora, o Galo segue como líder, com 42 pontos, e um ponto a frente do São Paulo, que possui dois jogos a menos.

