Para muitos, a presença do levantador Fernando Cachopa, do Sada Cruzeiro, como titular da seleção brasileira em jogos decisivos da Liga das Nações foi uma surpresa. Afinal, no banco de reservas do time do técnico Renan Dal Zotto estava Bruninho, campeão olímpico e um dos jogadores mais consagrados dentro da modalidade.
Bastou a bola subir no último jogo da fase final contra o Irã e também nas duas últimas partidas, contra Estados Unidos e Polônia, para que a dúvida de muitos logo fosse explicada. Cachopa não havia convencido Renan do nada. Ele também havia sido escalado como titular em boa parte dos jogos na fase de classificação, quando o Brasil liderou com 14 vitórias em 15 jogos.
Conseguindo dar ritmo e rodagem ao time, Cachopa correspondeu ao chamado e justificou a decisão do treinador com boas atuações. Seu esforço, ao lado dos companheiros, acabou não sendo suficiente para uma posição satisfatória.
Na segunda edição do torneio, que substitui a Liga Mundial, o Brasil terminou na quarta posição. Cachopa terminou como o quarto melhor levantador do torneio, atrás de referência como Marouf, do Irã, Christenson, dos Estados Unidos, e Komenda, da Polônia.
“A Liga das Nações foi importante para o meu crescimento. Tive a experiência de estar em um grupo com pessoas vividas dentro do vôlei. Sinto que melhorei não só taticamente e tecnicamente, mas também como profissional de uma maneira geral”, afirma o jogador, que aproveita os poucos dias de folga. É provável que Cachopa esteja na lista do time que vai até a Bulgária, no começo de agosto, disputar o Pré-Olímpico contra os donos da casa, Egito e Porto Rico.
Destes, apenas um se garante em Tóquio de maneira antecipada. Se não liderar a classificação, o Brasil terá nova chance, dentro do continente, em 2020.
“Para mim, o mais importante foi ter conseguido ajudar o grupo de alguma maneira. Tivemos situações difíceis, onde precisamos contar com a força inteira do grupo. Se, em algum momento, tive algum destaque individual, isso se deve ao grupo que é muito completo e competente”, completa.