Na final da Copa do Brasil de 1996, quem iniciou a recuperação celeste após o Palmeiras sair à frente no marcador com Luizão, foi o ex-atacante Roberto Gaúcho. Ele fez o gol de empate e deu o passe para o tento decisivo de Marcelo Ramos. Acabou a partida eleito o melhor em campo. Um jogo épico e que simboliza o início da rivalidade entre os times no torneio nacional.
“O grande segredo daquele título foi a união do nosso grupo, a força, e a alegria de jogar futebol. Nós tínhamos um time muito competitivo, um ótimo treinador (Levir Culpi) e um excelente goleiro, um dos melhores do mundo na posição, que era o Dida. O Palmeiras achou que, com um empate aqui no Mineirão, eles ganhariam o título. Nós fomos para São Paulo, ninguém acreditava no nosso time, o Palmeiras tinha oito jogadores na seleção, o Parque Antártica lotado, e eu, o Dida e o Marcelo Ramos fomos os melhores em campo”, conta Gaúcho, hoje técnico do Valeriodoce na segunda divisão do Campeonato Mineiro.
Um título que, segundo o ex-jogador, foi o que fez o Cruzeiro deslanchar rumo ao título da Copa Libertadores na década de 1990.
“Tive o prazer de ser escolhido o melhor jogador da partida. Fiz o gol do empate e cruzei para o gol do Marcelo. A gente estava iluminado. A camisa do Cruzeiro é pesada. Eles (palmeirenses) nos respeitaram muito. Para mim, na minha modesta opinião, aquele foi um dos maiores títulos da história do Cruzeiro. Foi lá que o Cruzeiro deslanchou e conquistou a Libertadores”, concluiu o ex-atacante.