A sequência de três vitórias seguidas deixou a torcida cruzeirense animada para o confronto contra o Vasco, na última quarta-feira. Afinal, estariam frente a frente um time embalado e na vice-liderança contra um adversário que vive instabilidade política e técnica dentro de campo. A vitória era dada como certa por muitos, mas, na prática, o que se viu foi algo diferente. O Cruzeiro largou atrás e teve trabalho para sair do Mineirão com um ponto somado, frustrando jogadores e torcida com a queda de duas posições na tabela.
Esta foi apenas mais uma prova das dificuldades que o campeonato carrega. Fases positivas ou desfavoráveis, posição na tabela e maior qualidade técnica do elenco podem contar pouco, principalmente após uma sequência de jogos. Dificilmente um time, por melhor que esteja, vai conseguir manter o bom rendimento durante várias rodadas seguidas, vendo percalços aparecerem no caminho que servirão de aprendizado para a sequência da temporada.
“O Campeonato Brasileiro é muito parelho, cheio de dificuldades. Contra o Vasco tivemos mais uma prova disso. Será assim durante todo o torneio. Nós vencemos o Ceará fora de casa, eles foram no Rio e empataram com o Botafogo”, ressalta o volante Henrique.
“O torneio é muito disputado, acontece com alguma frequência que times que estão lá em baixo vencerem líder ou vice-líder. Não era o resultado que a gente queria, mas sabemos que não vamos vencer todos os jogos. O Brasileiro é assim mesmo”, aponta o jovem atacante Raniel.
A perda de dois pontos não desmotiva o elenco, que sabe bem da sua qualidade para voltar a vencer já na próxima rodada, sábado, contra a Chapecoense, fora de casa. “Vínhamos de vitórias seguidas, perdemos apenas um jogo em maio, mas tropeços vão acontecer. Lutamos, mas, às vezes, as coisas não acontecem como a gente queria. Temos que levantar a cabeça pois sabemos que o time está bem”, indica Robinho.
Trabalho. Mesmo tendo nos dias que antecedem a parada para a Copa do Mundo a preocupação exclusiva com o Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro tem tido uma rotina complicada, que também interfere para que apresentações do mais alto nível apareçam seguidamente.
“Estamos fazendo muito trabalho interno na Toca para termos condições de estarmos 100%. Estamos ficando mais concentrados do que com nossas famílias. Vamos sair com cãibras e desgastados, mas vamos continuar nos entregando até o final”, diz o zagueiro Dedé. “Fomos dormir por volta de quatro da manhã para já acordar pensando na Chapecoense. O futebol é dinâmico e este ponto somado pode ser útil lá na frente. Temos que pensar na recuperação rápida para chegar neste jogo em boas condições físicas”, alerta o lateral-direito Edílson.