Após a derrota do Cruzeiro para o Internacional por 3 a 0, no Beira-Rio, o meia Thiago Neves avaliou de forma negativa as improvisações que foram feitas pelo técnico Rogério Ceni. Dentre as mudanças, uma significativa foi a entrada de Jadson na lateral-direita. No segundo tempo, com Dedé lesionado, a opção foi o volante Henrique ao lado de Fabrício Bruno. Outras mudanças também marcam o início do trabalho do treinador no Cruzeiro, como Robinho recuado para a posição de segundo volante. 

Na coletiva de imprensa, Ceni explicou o que buscava fazer com as alterações, principalmente a entrada de Jadson, que segundo ele foi testado na função durante treinamentos. "Edilson deu uma entrevista segunda-feira falando que tinha poucos minutos após voltar de lesão. O último jogo completo do Edílson foi no dia 12 de maio. Ou seja, junho, julho, agosto, nós vamos completar quatro meses que o Edílson não joga 90 minutos. Ele deu uma declaração falando que precisava de mais minutos. Era um jogo decisivo, eu ao menos quis colocar um jogador que eu treino com ele nessa posição e ele tem a condição física para aguentar 90 minutos", apontou o comandante. 

Ceni também comentou o que tentou fazer quando colocou em campo Ariel Cabral e propôs Henrique como zagueiro. 

"O Dedé voltou para o intervalo com dor, mas na hora que pisou no gramado, sentiu. Eu precisava ganhar o jogo, eu tenho que colocar jogador para trás com uma melhor saída de jogo. Quem tem a melhor saída de jogo? O Henrique. Eu coloco no meio-campo Ariel e Robinho. A improvisação foi o Jadson na lateral-direita devido ao Orejuela estar na seleção, o Weverton estar machucado, e Edílson voltando, sem 90 minutos, o Jadson é um jogador mais leve, que sabe marcar. E os gols foram na verdade em erros de passe, construção de jogos, nós demos as oportunidades para o Inter quando construímos errado o jogo", finalizou o técnico celeste.