BUENOS AIRES. O ano era 1976, Santiago. Joãozinho, de falta, colocava números finais diante do River Plate-ARG na decisão da Copa Libertadores.

Era o primeiro título brasileiro da competição mais importante das Américas após o bicampeonato do Santos, ainda na década de 1960. Para repetir o sonho da reconquista da capital chilena, o Cruzeiro encara nesta quinta-feira (7), às 19h, o Huracán-ARG, no El Palácio, em Buenos Aires, na Argentina. É o primeiro passo de um tricampeonato que insiste em não aparecer.

Encarar o Globo – como o adversário é chamado por seus torcedores –, não é exatamente novidade para a Raposa. Em 2015, foram dois jogos, com empate e derrota, quando ambos se qualificaram à próxima fase em um grupo com Mineros-VEN e Universitário de Sucre-BOL. Hoje, com Emelec-EQU e Deportivo Lara-VEN, a situação provavelmente vai se repetir, mesmo com os equatorianos sendo uma equipe mais qualificada que as demais. Para a Raposa, o que interessa é a vitória. Por mais que a equipe comandada por Mano Menezes não esteja fazendo uma temporada com autoridade, os próprios cruzeirenses sabem que o que interessa estará em disputa no continental.

O próprio treinador comentou o momento instável e garantiu outra postura diante dos argentinos. “A preocupação do torcedor é a mesma nossa. Mas ele pode ficar tranquilo que vamos estar preparados, vamos fazer um grande jogo. A gente aprende com vitórias e também derrotas. Por isso, penso que nosso grupo está mais bem-preparado que no ano passado”, salienta Mano Menezes. 

Huracán com outra cara

Se Mano Menezes fez mistério em relação ao Cruzeiro, o técnico Antonio Mohamed utilizou-se do mesmo expediente no Huracán. Quem falou com a imprensa foi o meia Damonte, uma das referências do Globo. O atleta garantiu uma postura diferente do time, que não vence há cinco jogos. “Sabemos que vamos enfrentar um adversário de história, mas queremos voltar a ver esta equipe com coração e com futebol”, destacou.