Presidente do conselho deliberativo do Cruzeiro, Nagib Simões, apontou à reportagem do Super.FC que recebeu o pedido de impeachment protocolado pelo movimento conhecido como SDC, Sociedade Democrática Cruzeirense. No entanto, ainda não avaliou o conteúdo da peça por motivos de agenda pessoal.
"Ainda não tive tempo de apreciar. Mas como todo o pedido que nos chega, vou ler, fazer minhas ponderações e avaliar, algo que devo concluir até a próxima terça-feira", disse Nagib.
Questionado sobre a validade legal do documento, o presidente do conselho disse apenas que não poderia emitir opinião sem saber do conteúdo apresentado. Ele, no entanto, apontou à reportagem que os associados não teriam autonomia para solicitar uma assembleia para apreciação do pedido, cabendo ao conselho e a mesa diretora deliberar sobre a aceitação ou não do pedido.
Ainda de acordo com Nagib Simões não há reuniões agendadas com o SDC para uma resposta sobre o pedido e uma previsão de quando existirá um posicionamento da mesa do conselho sobre o que os associados e conselheiros apontaram. O único contato que Nagib aponta ter é com Fábio Stockler, advogado responsável pelo pedido.
Ao Super.FC, Stockler comentou sobre as alegações do conselho de que a peça não teria validade de acordo com o estatuto do Cruzeiro, já que foi proposta por associados do clube. Ele salientou que o estatuto não traz deliberações claras sobre o tema.
"Está visão é totalmente equivocada. Conforme mencionamos na peça, o estatuto não traz critérios objetivos, nem determina competência de quem poderá requerer a abertura do processo de impeachment. Existe no estatuto a previsão de quem deva julgar, sendo o Conselho Deliberativo conforme artigo 20, X, e a Assembleia Geral Extraordinária, conforme artigo 6, II. A título exemplificativo, qualquer cidadão brasileiro poderá encaminhar ao legislativo, na pessoa do presidente da Câmara, um pedido de impeachment, que se aceito, terá deu julgamento iniciado naquela casa", decarou à reportagem.
"Em nosso caso, é a mesma coisa. Associados do clube estão sob as mesmas regras estatutárias que o presidente (que também é um associado). Assim, todos têm legitimidade de propor o pedido de impeachment, que deverá ser encaminhado ao órgão competente para julgar, no caso, o Conselho Deliberativo na pessoa de seu presidente", acrescentou Stockler.
Sobre a reunião para o clube empresa
Nagib apontou ainda à reportagem do Super.FC que a data anunciada para o próximo dia 2 de agosto como a reunião do conselho para a aprovação do clube empresa foi um equívoco. O dia ainda não foi definido pelo conselho, que deverá soltar um edital convocados os associados.