O Cruzeiro segue sem vencer na Série B. Perdeu para o CRB por 4 a 3, em jogo disputado na noite deste domingo (6), no Mineirão, válido pela segunda rodada. Todavia, o resultado poderia ter sido diferente se a arbitragem não tivesse interferência direta. É o que analisou o técnico Felipe Conceição, extremamente revoltado com a condução do jogo pelo árbitro Douglas Marques das Flores, da Federação Paulista.
Conceição citou lances considerados pelo grupo como capitais, como um desvio de Gum que a bola teria entrado e o juiz não marcou o gol, além de uma falta de Rômulo, considerada inexistente, pouco antes de Jean Patrick fazer o gol da vitória do CRB. O técnico ainda lembrou o pimeiro jogo, contra o Confiança, quando Airton sofreu um pênalti e o juiz nada marcou.
"É o segundo jogo consecutivo na Série B que a gente é prejudicado e de maneira fatal do jogo. Assim, no último gol, não foi falta do Rômulo, me disseram que teve uma falta no Cáceres antes da finalização, a bola entrou, era um gol importante. O outro era um contra-ataque importante, não teria o quarto gol do adversário. Contra o Confiança é um pênalti, então a gente tem que esperar algum movimento da CBF, alguma coisa, para melhorar isso. Não é possível", disse o comandante, bastante irritado e cobrando providências da CBF e das autoridades responsáveis pela arbitragem brasileira.
"Até quando a gente vai trabalhar, trabalhar, e ser prejudicado de maneira tão grotesca nos jogos de futebol? O Cruzeiro foi prejudicado nos dois jogos e esses seis pontos vão na conta de quem? Da equipe? Do treinador? Do presidente? Do diretor? E a arbitragem? Eu não vi punição para o árbitro contra o Confiança e quero ver o que vão fazer com esse árbitro e esse bandeira no nosso jogo, até do quarto árbitro também, porque o treinador deles invadiu o campo em um momento e não tomou nem amarelo. São várias situações dentro de uma partida que você sente que estão mal intencionados, que estão puxando para o outro lado. Isso é um absurdo", completou Conceição, que chegou a dizer que o ocorrido no Mineirão foi um roubo.
"Aqui a gente trabalha todo dia de maneira honesta e tem um trio de arbitragem que vem e nos rouba. Até quando vamos aguentar isso no futebol brasileiro? Que política é essa que a gente tem dentro do futebol que faz com que ajude alguns clubes e outros não? Eu só quero imparcialidade. Não quero ajuda no Cruzeiro. Hoje se a gente não tivesse a inteferência da arbitragem, teríamos virado a partida. Não tínhamos tomado o quarto, tínhamos feito o terceiro antes e tinha chances de virar a partida, com grandes chances. E não foram só esses lances capitais, são lances que vão irritando durante toda a partida. É inversão de falta, prender o jogo na hora que o adversário precisa. Mudar o lance da falta, conosco lateral deles pode bater. Houve também uma falta que não existiu em cima do Româo no segundo ou terceiro gol do adversário na minha frente, do bandeira e do quarto árbitro. São vários erros e vai cair na conta de quem? Quando que vai acabar isso no futebol brasileiro?", indagou o treinador do Cruzeiro.
Felipe Conceição terminou sua fala destacando que os lances predjudicam o planejamento do time. A Raposa já vive sob pressão constante com a queda à Série B de forma trágica em 2019 e o déficit financeiro. Ter ainda resultados decididos pela arbitragem, de acordo com Conceição, atrapalha mais ainda o futebol.
"Não é possível, todo o treinador fala de arbitragem, todo clube reclama de arbitragem, a gente precisa tomar um jeito. Atrapalha o futebol. Não pode um jogo de futebol de tanta importância ser resolvido pelo árbitro. Não tem cabimento", finalizou o técnico.
O Cruzeiro volta a campo pela Série B no próximo sábado (12), quando recebe o Goiás, às 16h30, no Mineirão, pela terceira rodada do torneio nacional.