Um dos destaques do Cruzeiro em meio ao momento difícil e de luta contra o Z-4, o zagueiro Cacá comentou sobre outro aspecto de seu jogo que deixa até algumas pessoas surpreendidas: a frieza em campo. Tendo a missão de substituir ícones do clube como os zagueiros Léo e Cacá, o jovem tem mostrado a categoria de um veterano, formando uma sólida defesa com Fabrício Bruno.
Nos últimos dois jogos, a defesa do Cruzeiro passou ilesa, comprovando a boa fase da dupla. A estatística aumenta se for levado em conta ainda a útima vitória celeste no Brasileirão, o 2 a 0 sobre o Botafogo, quando Cacá balançou as redes.
"Eu estou sempre jogando com muita frieza, procuro ficar o mais calmo possível, tem gente que fala que eu fico calmo até demais, que chega a dar medo. Mas desde pequeno eu sou assim, sempre gostei de sair jogando, de tentar achar um passe que eu acredito que dê certo", contou Cacá.
"O clube está passando por muita dificuldade e esse é o momento que eu peguei, por isso tenho que trabalhar mais ainda, com firmeza, não pode ter erro agora porque as coisas estão se afunilando, e eu junto com o Fabrício, o Léo, o Dedé, o Edu que acabou de subir, estamos sempre procurando manter o foco ali atrás, trabalhando ao máximo naquilo que temos dificuldade para poder manter a boa sequência de não tomar gol. Não sofrer gols é uma ajuda bem boa para a equipe. Procuramos também ajudar na parte ofensiva, algumas horas sai gol, como o que aconteceu contra o Botafogo, mas o importante é ajudar de qualquer forma, tanto na parte defensiva, como também na ofensiva", acrescentou Cacá.
Apesar da campanha, o Cruzeiro figura com a 11ª melhor defesa do Campeonato Brasileiro, com 36 gols sofridos, um rendimento melhor que o rival Atlético, por exemplo, que hoje tem 40 pontos e já sofreu 43 tentos. Sob o comando de Abel Braga, a Raposa sofreu apenas seis gols em 11 jogos, diminuindo, por exemplo, a média que obteve com Rogério Ceni, quando o Cruzeiro foi vazado 11 vezes em oito jogos.