Para conquistar a Libertadores, é necessário mais do que técnica. É preciso raça. E o Cruzeiro “encontrou” esse coração pulsante no time para a atual temporada. O argentino Lucas Romero vai completar sua oitava partida pelo Cruzeiro nesta temporada, formando a dupla de volantes ao lado do capitão Henrique. Um perfil diferente do apresentado pela equipe com Ariel Cabral e Lucas Silva.
“Fico muito feliz por ter a possibilidade de jogar na minha posição de origem. Era algo que eu vinha almejando. O que eu venho fazendo todos os dias é trabalhar muito, tentar melhorar as coisas que preciso, fazer o que o treinador pede para mim e me superando para confirmar essa vaga no time”, analisa Romero, em entrevista ao SUPER FC.
Na estreia da Libertadores, Romero teve 100% de aproveitamento nos desarmes, com três intervenções precisas. Mas engana-se quem pensa que Romero é apenas um “destruidor” de jogadas. A precisão de seus passes chama a atenção. Em sete jogos no ano, ele só errou treze em 348 passes. No Campeonato Mineiro, sua precisão atinge 96,5%, com 304 acertos em 315, a maior média total de passes trocados em todo o elenco do Cruzeiro.
O atleta reconhece que o período improvisado na lateral-direita lhe fez crescer tecnicamente. “Muitas vezes jogando de volante a gente tenta dar o bote mais rápido, tenta roubar a bola com mais agilidade, mas jogando na lateral tem hora que tem que recuar, esperar os caras atacarem. Essa experiência me trouxe paciência para recuperar a bola e trocar mais passes”, ressaltou.
Veja outros trechos da entrevista de Romero ao Super FC
Elogios ao seu futebol
Os elogios temos que tentar receber humildemente, ainda temos muitas coisas para melhorar, sempre no futebol temos alguma coisa para aprender e aportar o máximo possível da minha qualidade para o time, o que importa hoje é o time, que continuemos fazendo as coisas bem e que possamos seguir vencendo na Copa Libertadores, que é nosso principal objetivo.
Dupla com Henrique e as orientações de Mano
O que o treinador pede é sempre estar ligado com o volante que está do lado, se eu vejo que o Henrique tentou ir um pouco mais para cima, para atacar, porque a jogada permitiu que ele fosse mais para frente, eu tenho que ficar mais por trás para reforçar a marcação e a recomposição. O mesmo acontece com o Henrique. O importante é que temos mantido esse nível de atenção e um sempre resguardando as subidas do outro.
Pode pintar um Romero mais ofensivo?
A gente sempre está treinando para também fazer gol, mas meu principal objetivo no campo é outro. Porém se der para converter minhas subidas em gol, com certeza eu vou ficar muito feliz.
Nunca ter abaixado a cabeça mesmo quando não era titular
Eu falo sempre que o principal é o trabalho. Por mais que eu, muitas vezes, não jogava, não era muito utilizado, eu nunca abaixei a cabeça. Sempre tentei me aperfeiçoar mais, mesmo quando eu não estava jogando. Sempre busquei melhorar e ver o que o treinador pedia para os outros jogadores fazerem. Quando tive a oportunidade de jogar, eu consegui fazer dar certo.