O sonho da faixa marrom e da profissionalização no jiu-jitsu requer sacrifícios dentro e fora do tatame. Aos 19 anos, o faixa roxa Rúben Evangelista vende balas e paçocas para levantar o dinheiro e participar do Mundial de Jiu-Jitsu, que acontece entre 25 e 28 de julho, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
Com o salário de R$ 800 como auxiliar de almoxarifado e tendo que ajudar os pais desempregados em casa, a grana é curta para seguir os objetivos no esporte.
"Comecei a trabalhar de carteira assinada no fim do ano passado. Trabalho de 8h às 18h, chego, tomo café e vou treinar. Para participar do Brasileiro no mês passado, também vendi balas, paçocas e metade das minhas roupas. Já peguei muitos bicos, trabalhei de garçom, auxiliar de eletricista, no sacolão, fazendo salgados para vender", conta Rúben.
O lutador calcula um gasto de R$ 900 para viajar à capital paulista. Usando-se das redes sociais, recebendo doações de R$ 5 ou R$ 10 e vendendo os produtos de porta em porta na região do Barro Preto, onde trabalha, ele já conseguiu cerca de R$ 200. Rúben, que pratica jiu-jitsu desde os 3 anos, treina em uma academia do bairro Dom Bosco, cujo espaço foi alugado por ele e pelo pai para dar aula a outros praticantes.
Tricampeão mineiro da categoria peso pluma, o jiujiteiro conquistou o terceiro lugar no Campeonato Brasileiro, o que garantiu vaga no Mundial, em São Paulo. A meta agora é ir bem na competição para ganhar a inscrição para a seletiva do Rio de Janeiro, que dá vaga no campeonato internacional, em Dubai, nos Emirados Árabes.
Os interessados em contribuir, podem depositar qualquer quantia na seguinte conta:
Banco Bradesco
Conta corrente: 0042054-9
Agência: 2485
CPF: 018.535.506-47
Rúben Antonio Neves de Abreu Evangelista