A derrota do Atlético para a Caldense por 2 a 1, em jogo válido pela sexta rodada do Campeonato Mineiro, disputado no Gigante da Pampulha neste domingo, ficou marcada por uma falha de Zé Welison no gol da vitória da Veterana. De imediato, uma chuva de vaias passou a ser a sinfonia no estádio a cada momento que o volante pegava na bola. A manifestação da torcida não deixou o técnico Rafael Dudamel satisfeito. Muito pelo contrário. O comandante saiu em defesa do atleta, que esteve em campo nas oito partidas do venezuelano no comando do Galo.
“A ideia era poder jogar com Jair, Allan e Nathan, mas Allan teve uma contusão em Campina Grande e não estava disponível. Tivemos que mudar a decisão. Jair vai evoluindo, pois fez grande partida. Estou triste pelo que aconteceu. Foi triste, porque é um grande jogador, mas é uma situação de futebol. Ele foi cobrado como se tivesse matado alguém ou se tivesse roubado. Não podemos nos esquecer do ser humano. Ele está ali para jogar, para defender os companheiros e a família. Ele é um impecável profissional. Marcamos um jogador de futebol como um ladrão. É um grandíssimo jogador”, disse o comandante.
Ele ainda reforçou o apoio a Zé Welison comentando o gesto dos atletas após a partida. Todos foram até o volante passando força após o erro nos últimos minutos.
“Apoio a um ser humano, a um homem que trabalha como todos os outros, com esforço, com profissionalismo, para poder dar-lhe ânimo, energia, para lhe levantar. Se um soldado nosso cai, a nossa equipe vai estar diminuída. Oque acontece com um companheiro afeta a todos. Como diretor técnico, como líder, como mister da equipe, meu trabalho e minha liderança a todos os jogadores é lhes dar apoio”, salientou o venezuelano.
O Galo volta a campo na próxima quinta-feira, quando encara o Unión, da Argentina, no Independência, às 21h30. Para avançar diretamente, o time precisa de uma vitória por quatro gols de diferença. Um novo 3 a 0, só que para o Galo, leva a decisão da vaga para a disputa dos pênaltis.