Nesta noite, o Colón joga a maior e mais importante partida de seus 114 anos de história. A lenda do Cemitério dos Elefantes começou com vitórias sobre o Santos de Pelé e a seleção argentina nos anos 1960, além de triunfos anteriores e posteriores sobre Boca Juniors e Peñarol. A história do estádio começou a ser escrita em 9 de julho de 1946, na inauguração em um amistoso contra o Boca Juniors, que teve vitória dos Xeneizes por 2 a 1.
Oscar Costillas, de 85 anos, estava presente nesta partida. Agora, 73 anos depois, ele volta ao estádio para acompanhar a partida mais importante de seu time do coração, o duelo com o Atlético, pela semifinal da Copa Sul-americana, ao lado do neto, Marcos Rubio, de 11 anos, quase a mesma idade que ele tinha no duelo com o Boca Juniors.
Confiantes, os dois, como toda a torcida do Colón, estão empolgados com o embate com o Galo. Neto e avô elogiaram muito a equipe que bateu o líder do Campeonato Argentino, o San Lorenzo, no último fim de semana. Na hora de palpitar, no entanto, ambos foram cautelosos para não dar azar. O pequeno Marcos apostou num modesto 1 a 0 para o time do coração, enquanto Costillas sequer disse um placar, apesar de ressaltar acreditar em uma vitória argentina.
Na conversa com o Super.FC, o senhor presente na inauguração do Cemitério dos Elefantes e que viu a lenda do estádio ser construída, se emocionou com o fato de estar presente em mais uma partida histórica em Santa Fé e com a magia do futebol. O futebol é apaixonante por histórias como essas e a paixão passada de geração em geração. Independentemente do resultado, de uma coisa todos temos certeza: avô e neto viverão, juntos, um dia emocionante que se lembrarão para o resto de suas vidas.