As verdadeiras boladas nas rendas dos jogos da Copa América deste ano, mesmo sem casa cheia nos estádios, são explicadas pelos valores praticados nas áreas de hospitalidade. Só Brasil x Bolívia, com pouco mais de 46 mil pagantes, partida de abertura da competição, teve arrecadação recorde em jogos no país, com R$ 22,4 milhões de renda, um tíquete médio de R$ 485.
Os ingressos de categoria "populares" dessa partida, que já são caros para os padrões brasileiros, variavam entre R$ 190 e R$ 590. Mas as entradas VIPs ou de camarotes tem preços exorbitantes.
O ingresso individual do Exclusive Suíte, o top dos tops dos camarotos do Morumbi, na última sexta-feira, custava R$ 4.390. Não menos baratos, o Private Suíte e o Premium foram vendidos por R$ 2.690 e R$ 1.690, respectivamente.
Para se ter uma ideia, no Exclusive Suíte, o torcedor tinha direito a exclusividade total, com Welcome Desk, pratos quentes, snacks, sanduíches, sobremesas, champagne, vinhos, cervejas, refrigerantes, água e sucos, além de serviço de garçons, hostess, seguranças e limpeza, brinde comemorativo e um VAPP de ônibus por suíte, por partida. Para a final da Copa América, no Maracanã, o ingresso do Exclusive Suíte é de R$ 8.390 por pessoa.
Na Arena do Grêmio, mesmo com apenas 11 mil pagantes, Venezuela x Peru, neste sábado, teve renda de R$ 2,4 milhões. Na Fonte Nova, Argentina x Colômbia, para quase 35 mil pagantes, a arrecadação chegou a R$ 9,2 milhões.
Rendas altas assim possivelmente também aconteceram nas Copas das Confederações, de 2013, e do Mundo, de 2014, bem como nos Jogos Olímpicos, de 2016, contudo, diferentemente da Conmebol, a Fifa e o Comitê Olímpico Internacional (COI) não divulgaram as rendas das partidas.