A vida não é fácil. Enfrentamos diversos obstáculos todos os dias. É difícil tirar todas as pedras do caminho e, às vezes, temos a sensação de que não vamos conseguir.
De vez em quando bate a sensação de desânimo, coçamos a cabeça, passamos as mãos nos olhos. Realizar o sonho parece ser algo impossível.
Mas quem disse que é fácil? Quem disse que nunca dá vontade de desistir?
No entanto, quem disse que devemos desistir e nos entregar?
É justamente nos momentos de maior dificuldade que precisamos dar a resposta, não nos entregar, lutar e realizar nossos sonhos.
A sensação de vencer as dificuldades e realizar o que tanto sonhou é indescritível. Tirar as pedras do caminho, superar os problemas, olhar para si mesmo e poder admirar as estrelas orgulhoso, feliz e realizado.
Lionel Messi sabe muito bem o que é isso.
O craque argentino completa 32 anos de vida nesta segunda-feira (24) com dificuldades certamente indesejáveis na vida profissional. A pressão enorme, exagerada e injusta nas costas. O peso que ele tem sentido. A responsabilidade de carregar o sonho não só dele, mas de mais de 43 milhões de pessoas nas costas.
Pelo talento único, impressionante e espetacular, às vezes até achamos que não, mas Messi é humano. Ele sente, sofre, chora. Ele é como nós.
No entanto, o camisa 10 nunca desistiu. Ao longo do caminho, superou seu próprio corpo e prognósticos totalmente desfavoráveis da medicina, venceu adversários que pareciam invencíveis, bateu recordes que pareciam insuperáveis, conquistou o que parecia impossível. Ele ganhou tudo. Tudo.
Na Argentina, quando sua seleção estava com as costas na parede, próxima de viver um vexame, foi ele quem colocou os sonhos de todo um país nas costas e, como se estivesse jogando na rua de sua casa quando criança, teve uma atuação de gala e levou a Albiceleste ao Mundial da Rússia marcando três gols em um jogo decisivo contra o Equador.
Os três vices seguidos e a péssima fase e bagunça argentina pesam, a responsabilidade enorme e exagerada também, assim como as críticas e o jejum que existe desde antes dele e começou em 1993. No entanto, Messi tem na sua própria história e na sua música favorita, a lição para esquecer os problemas e as desilusões com sua seleção, superar as dificuldades e, mais uma vez, encantar o mundo.
Você ficará surpreso, mas o estilo musical preferido do craque é o reggae. Em entrevista ao site oficial da Fifa, ele revelou ser esse seu ritmo favorito e tem os argentinos de Los Cafres e os chilenos de Gondwana como suas bandas favoritas. Já sua música do momento parece ser La Suerte, de Dread Mar I.
"Nada é sem esforço. Tive uma visão que me levou a tudo isso. Sigo, sigo e sigo. Nunca pensei em me retirar. Não tenho uma alma covarde. Sempre olhei para o futuro. Esse é meu rumo", diz a música do artista admirado pelo craque.
A letra mostra a carreira de Messi e, ao mesmo tempo, é uma inspiração para o camisa 10 argentino.
A Albiceleste tem problemas claros. A primeira vitória na Copa América veio sem brilho e apenas na última rodada da fase de grupos contra o Catar. O craque e seu time até tiveram a melhor atuação no torneio até aqui, mas não convenceram, ainda que o ataque tenha tido alguns bons momentos com as combinações entre Leo, Agüero e Lautaro Martínez. Mas... e daí? É hora de esquecer as dificuldades e os obstáculos. É hora de olhar para frente, para o futuro, vencer as pedras no caminho e lutar para realizar o sonho de mais de 43 milhões de pessoas.
Messi pode celebrar seu aniversário aliviado, classificado para as quartas de final da Copa América e mantendo vivo o sonho de conquistar seu primeiro título com a seleção principal argentina. O desafio nas quartas de final é a Venezuela, sexta-feira (28), às 16h (de Brasília), no Maracanã. O camisa 10 e a Albiceleste voltarão ao estádio pela primeira vez desde a sofrida derrota para a Alemanha na final da Copa do Mundo de 2014.
A Vinotinto será um rival duro e a Argentina e Messi estão longe de empolgar na Copa América, mas a lição para crer em uma reviravolta está na própria história e no reggae favorito do craque. Ele já superou e ganhou tudo, encantou o mundo e salvou a Argentina de um vexame antes.
É hora de Messi fazer o que sempre fez tão bem. Você ousa duvidar dele?