O fato das semifinais do Mundial de clubes de vôlei masculino, que acontece na Polônia, não terem as presenças de Sada Cruzeiro e Zenit Kazan, dois dos maiores favoritos ao título, não tira o alto nível e a competitividade da competição, que agora chega a uma nova sede.
Depois das fases de grupos de Plock e Resovia, Częstochowa chega como a premiada por receber o Final Four com as presenças de Lube Civitanova (ITA), Fakel (RUS), Trentino (ITA) e Resovia (POL). Os dois primeiros foram os classificados na chave B e os outros dois na chave A. Nos cruzamentos que começam neste sábado, o Lube encara o Resovia, às 14h30 (horário de Brasília), enquanto Trentino e Fakel se enfrentam às 17h30.
Na teoria, o caminho está aberto para a constelação do Lube levar seu primeiro título mundial, fazendo valer um alto investimento e um elenco montado para ganhar tudo que aparecer pela frente. Com Bruninho, Leal, Simon, Juantorena e Sokolovov, a responsabilidade parece ser maior para os italianos, que se classificaram na liderança da chave, tendo fundamental importância por despachar os russos do Zenit, atuais campeões.
"O Kazan era favorito e ficou pelo caminho. Não nos considero como o maior candidato ao título. Temos que jogar forte pra ganhar, fazer por onde merecer chegar no lugar mais alto. Sempre o favorito tem mais responsabilidade, mas não nos vejo nesta condição. Temos que jogar muito bem e estamos concentrados para chegar até a final", comenta o central Simon, ex-Sada Cruzeiro.
O cubano firma os pés no chão para saber que um caminho curto, mas muito duro está por vir nos próximos dois dias. "Nós jogamos bem, assim como Fakel. O Trentino tem uma grande equipe e o Resovia demonstrou que está aqui pra dar trabalho. Ainda não ganhamos nada. Temos muitos bons nomes no elenco, mas ainda nos falta uma boa dose de trabalho para sermos os favoritos plenos e sem concorrentes no mesmo patamar", avalia.
Diante de um time de grande expressão na atualidade, o Resovia sabe que é franco atirador, entrando na partida decisiva sem nada a perder.
"Tivemos os méritos de termos jogado bem na primeira final para fazer um duelo contra um grande time nestas semifinais. É hora de dar novos passos e jogar ainda melhor. Temos muito que evoluir, nossa atitude será importante para o futuro do time, estamos muito animados com este novo momento na competição", afirma Kawika Shoji, levantador do time polonês.
Duelo que tem tudo para ser equilibrado
No outro confronto, um duelo mais imprevisível, que promete pegar fogo. O Fakel chega como uma das grandes surpresas, especialmente após ter vencido o Zenit Kazan na estreia, mostrando grande potencial e uma nova geração do vôlei russo que certamente dará o que falar em curto, médio e longo prazo.
Com mais tradição e tendo quatro títulos mundiais no currículo, o Trentino espera corresponder, sabendo que está perto de voltar a fazer história, mas que terá um adversário de alto nível pela frente. "Jogos como estes são sempre apertados, com diferença mínima e definidos nos detalhes. Não vejo a hora de estar neste novo momento do torneio", afirma o ponta sérvio Kovacevic.
O nível apresentado na fase de classificação foi uma bela prévia do que está por vir no final four, com times que precisarão jogar 'na ponta dos dedos' para chegarem até a grande decisão. "Nós vimos o que o Fakel, por exemplo, fez na primeira fase. Não será fácil ganhar de ninguém. A competitividade elevada vai continuar, vamos buscar a vitória a todo momento e muitos podem pensar que encarar o Fakel é menos complicado, mas não vejo desta forma. Todos os times são muito fortes e darão trabalho para quem estiver do outro lado", indica o central Lisinac, também do Trentino.
Veja como ficaram os confrontos das semifinais do Mundial de clubes de vôlei masculino
- Lube Civitanova (ITA) x Resovia (POL) - 14h30 (horário de Brasília)
- Trentino (ITA) x Fakel (RUS) - 17h30 (horário de Brasília)