O Atlético foi o único clube entre os 20 participantes da Série A do Campeonato Brasileiro a acompanhar a CBF no pleito de limitar uma única troca de treinador na competição deste ano. As demais equipes seguiram a proposta apresentada pelo Flamengo, que sugeriu que não se estabelecesse uma quantidade limite de substituições de treinadores. A diretoria atleticana classificou a decisão como um retrocesso.
"A CBF propôs que houvesse no máximo uma troca, poderíamos ter um técnico (diferente) no máximo duas vezes. O Atlético votou para estabelecer essa regra. O Atlético entende que isso pode dar mais estabilidade e segurança à competição e os próprios atores envolvidos. O Flamengo apresentou a proposta que isso não deve ser regulada, pode fazer quantas demissões quiser. Com relação a essa proposta, os clubes aprovaram o Flamengo", explicou o vice-presidente do Galo, Lásaro Cândido, em entrevista ao Super FC logo após a reunião desta sexta-feira, no Rio.
Outras sugestões como limitar em até três demissões de técnico por competição ou estabelecer uma discussão sobre o assunto apenas no ano que vem não chegaram a ser colocadas em pauta, somente a proposta do Flamengo.
Com relação à aprovação do uso do VAR em todas as 380 partidas da competição, Lásaro Cândido destacou que a briga levantada no ano passado, quando os clubes rejeitaram bancar o uso do árbitro de vídeo com recursos próprios, se refletiu positivamente agora.
"Teve um aspecto positivo na situação lá atrás. Brigamos lá atrás que a CBF deveria pagar tudo ou, pelo menos, compartilhar os custos, o que aconteceu. Os clubes vão pagar R$ 18 mil de R$ 49 mil por jogo. Foi um progresso. Em função disso, aprovaram por unanimidade", avaliou o dirigente atleticano.
Outros dois assuntos estiveram em pauta. A CBF sugeriu o limite de 40 inscrições de jogadores na competição. Os clubes conseguiram incluir nesses 40 inscritos a possibilidade de trocar cinco atleta e ainda não limitar o número de jogadores que vierem a da base.
A CBF também aprovou a realização da Supercopa do Brasil, em janeiro de 2020, entre o campeão brasileiro e da Copa do Brasil de 2019.