Foram 12 anos de uma parceria mais do que vitoriosa. A passagem de Marcelo Mendez pelo Sada Cruzeiro não será esquecida pelos torcedores da Raposa, pelos amantes do vôlei e, principalmente, pelo ex-treinador de uma das equipes de mais sucesso da história da modalidade.
Em Buenos Aires, onde está com a família e se preparando para comandar a seleção da Argentina nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em julho, Marcelo Mendez conversou com exclusividade com o Super.FC, na rádio Super 91.7 FM e falou sobre a aventura no Brasil que rendeu 39 títulos em 48 finais com a camisa do Sada Cruzeiro.
"Estou bem, muito bem. Aproveitando a família aqui em Buenos Aires, com minha mulher, meus filhos e minha mãe. Mas com saudade do Sada Cruzeiro. Foi muito intenso, onde vivi uma parte muito importante da minha vida. São 12 anos que vou levar para sempre em meu coração", disse.
O treinador rechaçou qualquer possibilidade de ter pedido para deixar o clube por conta da eliminação precoce na última Superliga, quando o Sada Cruzeiro foi superado pelo Itapetininga, resultado considerado como uma das maiores zebras das últimas edições.
"Fazem alguns anos que venho conversando sobre minha saída do Sada Cruzeiro. O resultado não foi o que eu esperava e foram muitas coisas que nos levaram a perder para o Itapetininga. Mas já vinha conversando sobre minha saída. E sempre há um desgaste. O tempo faz isso. Claro que sempre há o carinho. Mas creio que fechei uma porta para que outra pessoa possa chegar para demonstrar o seu trabalho", explicou.
Para o futuro, Marcelo ainda não definiu seu novo clube e segue com o foco nas olimpíadas.
"Agora é a seleção argentina, que gosto de trabalhar a serviço do meu país. E no futuro, quem sabe possa ter um novo clube, não tem nada certo, nada assinado. Creio que em duas semanas possa haver alguma coisa. Mas se não houver, sigo trabalhando para a seleção argentina com o maior carinho".
Por fim, Mendez declarou todo o seu carinho pelo clube celeste, mesmo que à distância e recordou dos momentos vividos no Sada Cruzeiro.
"São várias coisas que lembro. Principalmente com esse grupo que ganhamos tudo. O olhar dos jogadores antes de uma final de superliga, uma final de mundial. O vestiário, a preleção, e você ver que eles estavam com vontade de vencer. Isso estará sempre em minha mente. A comissão técnica viu o crescimento de cada um deles, tanto na parte técnica como na parte familiar. E nas finais, ganhar superliga, mundial contra grandes times, com orçamentos que nos superavam. E o carinho da torcida, que nos ajudou nos momentos mais difíceis. São carinhos que eu vou levar sempre comigo", finalizou.