As seguidas críticas de torcedores, jogadores e, até mesmo da arbitragem, com o novo piso usado pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) colocou em xeque a opção escolhida para a temporada.
A mudança se deu para promover o Banco do Brasil, patrocinador da CBV, sem testes prévios ou consulta a atletas e demais envolvidos, sendo tema da Coluna Esportivamente.
A entidade terá, em breve, uma reunião, com o novo fornecedor para avaliações sobre possíveis mudanças. Representantes da empresa chegaram ao Rio de Janeiro nesta quarta-feira (11).
"Monitoramos a utilização do piso na prática. Este foi o piso oficial dos Jogos Pan-Americanos de Lima e o mesmo é homologado pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) com todos os testes de qualidade feitos em laboratórios no exterior. Tomamos todo o cuidado em adquirir um material que fosse reconhecido pela FIVB e estamos em um processo de análise em cada um dos lugares", informou a CBV, por meio de nota.
O comunicado foi enviado à reportagem quase duas semanas após perguntas enviadas, sem responder a todos os questionamentos. Informações não foram dadas sobre, por exemplo, o destino dos pisos antigos e prazo de acordo do novo piso.
Além da qualidade ter sido alterada, com os jogadores deslizando menos e não tendo o mesmo impacto nos momentos de queda, sua cor causou estranheza em quem se acostumou com o laranja e verde. O amarelo não facilita a localização de pontos molhados na quadra, com os árbitros, durante os jogos, indicando o problema em transmissões ao vivo. Jogadores também destacaram esta diferença, que pode aumentar o risco de lesões.
Perigo
O alerta foi ligado logo no Super Vôlei, torneio que abriu a temporada. O fato da competição ter acontecido em Saquarema aumentou o risco para as jogadoras e seguidas quedas, com direito a lesão e atletas deixando a quadra, foram registradas.
"O problema em Saquarema aconteceu em razão da maresia. O Centro de Desenvolvimento do Voleibol fica muito próximo do mar. Nosso pessoal resolveu a questão prontamente. Houve problemas, também. nos jogos no Rio de Janeiro", admite a CBV.
A entidade disponibilizou 24 pisos do fornecedor para todos os times da Superliga. A expectativa, agora, é de possíveis mudanças que possam amenizar as críticas.