Buenos Aires se tornou um dos destinos internacionais mais econômicos para os brasileiros: não há restrições sanitárias para a entrada no país e o peso está desvalorizado em relação ao real e ao dólar — o câmbio blue do dólar vale hoje o dobro do oficial. Além disso, a oferta de voos entre os dois países cresceu consideralmente: 67 só da Aerolineas Argentinas, e com a possibilidade de aumentar as frequências a partir de dezembro.
Os argentinos nunca estiveram tão receptivos aos brasileiros. A cidade se renova a cada temporada e há novidade em termos de restaurantes, hotéis e atrativos. A metrópole argentina continua com aquela gostosa atmosfera europeia. O Ministerio do Turismo não tem medido esforços para promover o país nos destinos vizinhos — Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia. O brasileiro é segundo maior emissor de turistas, só perde para os Estados Unidos. Confira nosso roteiro na cidade nesta e nas matérias correlacionadas.
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Recoleta
Começo minha visita por Buenos Aires pelo bairro elegante Recoleta, onde outrora fiquei hospedado no histórico e luxuoso
Alvear Palace. Desta vez, minha escolha recaiu sobre o hotel
Grand Brizo, na avenida 9 de julho, a principal da cidade, muito confortável e com rooftop com vista para o Obelisco, um dos cartões-postais da cidade. Enquanto o centro sugere praticidade, Recoleta é em uma das regiões mais caras da capital, ao lado de Palermo e Puerto Madero. Ainda de mala na mão, recém-chegado à cidade, me integro à press trip (viagem de imprens) por um dos atrativos do bairro originário de um convento de padres recoletos, da Ordem Franciscana, que se estabeleceram no local no início do século XVIII.
Somos conduzidos pela guia Paula Farícia por alamedas ladeadas de mausoléus e panteões de mármore, com estátuas e abóbadas. Projetado pelo arquiteto francês Prosper Catelin, e inspirado no cemitério parisiense Père-Lachaise, o primeiro cemitério público da cidade foi erguido em 1822. Paula aponta para os símbolos da maçonaria em alguns monumentos, como no belo pórtico em granito, em homenagem ao general Alvear, e em túmulos como o do presidente Domingo Faustino Sarmiento.
O cemitério é um curioso passeio pela história argentina e uma amostra da potência econômica que foi o país no passado. Em Recoleta, estão enterrados nomes importantes como o ex-presidente Raul Alfonsín, o governador da província de Buenos Aires, Juan Manuel de Rosa, o jurista Juan Bautista Alberdi, que redigiu a primeira Constituição do país em 1853, o lendário Marcelo Torcuato de Alvear é claro, o mais procurados pelos turistas, o de Eva Duarte de Perón, a lendária "Evita".
"Evita"
O mausoléu de Evita está escondido entre as vielas e alamedas. Só se consegue identificá-lo por causada da aglomeração de turistas e a quantidade de flores. Ela está no setor C-7, túmulo 88. Além de Eva Duarte Perón, Recoleta tem muitos nobres enterrados: os túmulos em tons verdes são destinados a ingleses e irlandeses, entre eles o domo do almirante Brown; o de Mariquita Sánchez de Thompson, em formato de trono, e o de Dorrego Ortiz Basualdo, o mais caro, em forma de capela.
No tour, o mais interessante são as curiosidades: a história de Rufina Cambaceres é uma delas. A filha do escritor Eugenio Cambaceres teria sido enterrada viva aos 19 anos. Seu caixão foi encontrado aberto, com a tampa quebrada. No mausoléu de Liliana Croaciati de Saasza, reproduziram seu quarto. Ela morreu em uma avalance na Áustria, e é a única acompanhada com um cachorro — o animal morreu no mesmo dia a 14 km de distância.
Há, ainda, os mausoléus de Martin de Álgaza, enterrado com toda a família; do general Pedro Eugenio Aramburu, sequestrado e morto pelo grupo guerrilheiro Montoneros nos anos 70; de David Alleno, zelador do cemitério que fez seu próprio túmulo e depois se suicidou, de Luz María, a chamada "Dama de Blanco",que morreu de leucemia aos 15 anos e foi vista chorando próxmo ao cemitério; e do escritor Adolfo Bioy Casares ("A Invenção de Morel").
No centro
O Cemitério de Recoleta é um passeio pouco convencional para um turista. A maioria dos visitantes, principalmente os que não são frequentes na cidade, batem ponto no turismo convencional, como a Calle Florida, a principal rua comercial do centro, com atrativos como as Galerias Pacífico, antes estação de trem e hoje um dos shopping mais bonitos, a livraria O Ateneo, cuja atração é a belíssima arquitetura, e a praça San Martín.
Difícil é escapar de programas como uma passagem pela Praça de Maio e seu conjunto interessante de prédios históricos como a icônica Casa Rosada, sede do governo argentino, o Cabildo, a Catedral Metropolitana, onde o papa Francisco viveu 20 anos de sua jornada cristã, e o Palácio do Governo da Cidade. Já a pirâmide no centro da praça celebra a Revolução de 25 de Maio (ou a independência da Argentina do jugo espanhol em 1810).
La Boca
Ame ou odeie, tem sempre aquele turista que não resiste em pisar em Buenos Aires e não passar em Caminito, a rua de casinhas coloridas pintadas nos anos 1950 por moradores capitaneados pelo pintor Quinquela Martín. Há bons motivos para (re)visitar a atração do bairro La Boca. Perto dali estão o
La Bombonera, estádio do Boca Juniors, a
Fundação de Arte Proa, o
Museu do Cinema Pablo Ducrós Hicken e a
Fábrica Colón.
A Fábrica Cólon é quase um museu: um imenso galpão de 7.500 m² abriga cenários, figurinos e até efeitos especiais de produções grandiosas já encenadas no Teatro Colón, como as óperas "Turandot", "La Bohème", "Um Bonde Chamado Desejo", "Don Pascuate", "Rigoletto" e "Aida", revelando que a casa de espetáculos mais famosa de Buenos Aires tem seu próprio ateliê. Uma visita guiada ao Teatro Colón também é muito recomendada.
Seguro-viagem
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Serviço
Dados Gerais
Moeda: Peso argentino / R$ 1 = R$ 29, 24 pesos (câmbio de 24/10) e US$ 1 = 154,66 pesos.
Melhor época para visitar: o ano todo, mas evite a alta temporada (julho/agosto e dezembro/janeiro) em funçlão dos preços mais altos.
Redes sociais: Instagram / @visitargentina
Como chegar
Não há voos diretos de Belo Horizonte para Buenos Aires. Várias companhias aéreas têm voos com conexões em Buenos Aires, entre elas
Aerolíneas Argentinas,
Gol e
Latam.
Atrativos
Fábrica Colón: Você pode nos visitar às sextas, sábados, domingos e feriados das 12:00 às 18:00 na Av. Pedro de Mendoza 2163, La Boca. $ 1200. Menores de 7 años: Gratuita.
Teatro Colón: Visitas a cada 15 minutos. De 11h às 16h45. Duração de 50 minutos. Passa pelo Salão de Bustos, o Salão Dourado e o Salão Principal. 3.800 pesos por pessoa.
Onde se hospedar
Grand Brizo Buenos Aires: Diárias sob cnsulta. Avenida 9 de julho, 130, a uma qudra do Obelisco, no centro. Reservas: + 54 9 223 437 5607 (WhatsApp).