Oito entidades ligadas ao turismo publicaram, nesta quinta-feira (30), carta aberta ao governo federal, alertando para o colapso iminente do setor se não forem tomadas medidas imeditas. Assinam o documento a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih), Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil; (Adibra), Brazilian Luxury Travel Association (BLTA), Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), Resorts Brasil, Unidestinos e Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat).
O comunicado questiona: "sem resorts, hotéis, parques e atrações turísticas, será que existirá turismo no país?" e coloca vários pontos de interrogação sobre o futuro do setor: 'O que acontecerá com tantas pessoas e destinos inteiramente dependentes dessa atividade?". As entidades solicitam providências do Ministério do Turismo, entre elas prorrogação da Medida Provisória 936, liberação imediata de linhas de crédito para o setor e a criação de estímulos fiscais para encurtar a etapa de recuperação, como desoneração temporária da folha de pagamento, Refis e redução dos tributos federais.
O documento reconhece que o governo federal " trouxe soluções importantes para uma fase de contenção dos efeitos negativos da pandemia". Ele se refere à MP 936, que instaurou um programa emergencial para manutenção do emprego e da renda, mas considera que só essa medida é insuficiente. "Já computamos R$ 14 bilhões de prejuízos no setor de turismo desde o início da crise e 295 mil demissões", enfatiza a carta, afirmando que a paralisação "pode levar à falência não apenas de empresas, mas também de inúmeros municípios que têm suas atividades diretamente ligadas ao setor".
Segundo as entidades, hotéis, resorts e parques já estão na UTI e precisam de “respiradores” e remédio de uso contínuo por três anos para conseguir sua alta. "Mais do que salvar 8,1 % do PIB Nacional é vital salvar toda a cadeia de empregos, diretos, indiretos, formais e informais, que atuam em todo setor do turismo do nosso país, do Oiapoque ao Chuí", conclui o documento.
Há uma semana o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antôni,o havia anunciado uma nova MP que criaria um crédito extraordinário de, pelo menos, R$ 5 bilhões para que o Fundo Geral de Turismo (Fungetur) pudesse atender desde o microempreendedor individual, micro, média e até grandes empresas.