Um novo decreto publicado nesta sexta-feira pela Prefeitura de São Tomé das Letras aumenta o valor das multas a estabecimentos, moradores e turistas que descumprirem as medidas sanitárias contra o avanço da Covid-19. As penalidades variam de R$ 200 (infração leve para pessoas físicas) a R$ 2.000 (infração grave para pessoa jurídica). No caso de descumprimento das normas por bares, restaurantes e hotéis, há ainda a possibilidade de suspender o álvara de funcionamento do estabelecimento por 30 dias e até sua cassação.
A partir de agora, também, os turistas que visitam o município no bate-volta não terão mais acesso nos finais de semana. Para colocar em prática essa medida, funcionam barreiras sanitárias na entrada da cidade em tempo integral, durante os sete dias da semana. Desde 17 de abril, os hotéis só podem operar com 25% de sua capacidade, já restaurantes e bares são autorizados a funcionar até as 21h. Segundo a administração municipal, o day use, ou seja, quando o turista vem passar o dia na cidade, tem contribuído para aglomerações.
Nos últimos dias, imagens circularam pelas redes sociais mostrando aglomeração de pessoas na pirâmide, sem usar máscara e desrespeitando o distanciamento social. Mais famoso ponto turístico da cidade,os turistas e moradores costumam visitar o local para contemplar o pôr dos sol. São Thomé das Letras, que está aberta desde novembro, é uma cidades que não aderiu ao Programa Minas Consciente, do governo do Estado. Antes da apandemia, cerca de 10 mil turistas costumavam visitá-la nos finais de semana.
Segundo o boletim epidemiológico do Departamento Municipal de Saúde, divulgado nesta quinta-feira, a cidade do Sul de Minas tem 225 casos confirmados da Covid-19, dos quais 178 recuperados e 7 suspeitos, além de dois óbitos. Hoje, a prefeitura participa de um consórcio com o Hospital São Sebastião, em Três Corações, para garantir o atendimento hospitalar. Até agora, segundo a administração municipal, a fiscalização já aplicou 153 autuações entre março e abril, entre advertência, notificação e multas. As autuações pelo não uso de máscaras cresceram cerca de 900% no período.