Langley, EUA. A CIA não estava preparada para interrogar suspeitos de pertencerem à Al Qaeda depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, e fez uso de métodos de interrogatório detestáveis, afirmou ontem o diretor da agência dos EUA, John Brennan. Ele deu uma coletiva de imprensa inédita depois da divulgação de um relatório pelo Senado norte-americano.
“Tínhamos pouca experiência em abrigar prisioneiros, e muitos poucos de nossos funcionários estavam treinados para fazer interrogatórios”, disse o diretor.
Brennan admitiu que a agência usou métodos de interrogatório detestáveis e enfatizou que a CIA não enganou o público sobre o uso de torturas. “Em um número limitado de casos, funcionários da agência usaram métodos de interrogatório que não eram autorizados, que eram detestáveis e que devem ser repudiados por todos”, acrescentou.
Para Brennan, é “impossível saber” se a tortura permitiu à agência obter informações úteis para evitar futuros atentados, mas ele disse que a CIA se reformulou para evitar a repetição desses atos.