O secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, confirmou que funcionários do metrô estão sendo demitidos por conta da greve. Em entrevista na manhã desta segunda-feira (9) à rádio Jovem Pan, ele disse que os funcionários estão sendo demitidos por justa causa. "Estamos emitindo mais ou menos 6 dezenas de demissões por justa causa, aqueles que já foram catalogados, com provas materiais de vandalismo, aqueles que barraram fisicamente, que incitaram a população a pular a catraca", disse Fernandes em entrevista ao "Jornal da Manhã".
No período da tarde, segundo o secretário, devem ser notificados aqueles que faltaram ao trabalho nesta segunda-feira. "Aqueles que não voltam ao trabalho em uma situação de greve inexistente, ilegal e abusiva, já estão incorrendo em uma falta gravíssima e será penalizado com demissão de justa causa", afirmou. Segundo o secretário, alguns trabalhadores já se conscientizaram e retornam às suas funções. "Alguns mais prevenidos e vendo essa barbaridade contra a população começam a voltar ao trabalho. De 1.500 funcionários, 295 já voltaram a trabalhar na área operativa, um pouco mais de 20%. Na sexta-feira esse número tinha sido praticamente zero. Os engenheiros também saíram da greve. Os seguranças também estão voltando ao trabalho, então pouco a pouco nós vamos retomando a situação" disse à Jovem Pan.
No domingo (8) o governador Geraldo Alckmin (PSDB) já havia anunciado a possibilidade de demissão para aqueles que faltarem. Em 2007, três dias após o fim de uma greve no metrô de São Paulo ter sido julgada abusiva pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho), o governo José Serra (PSDB) anunciou a demissão de 61 funcionários da companhia. Os demitidos teriam aderido ao protesto.