Ele é considerado um especialista em Nostradamus e já apareceu em documentários de History Channel, Discovery Channel e National Geographic. Mario Reading é, ainda, autor de best-sellers como "Nostradamus: The Complete Prophecies for the Future" e a obra ilustrada "Nostradamus: The Top 100 Prophecies". Seu mais recente livro acaba de ser lançado pela editora Pensamento: "Nostradamus e o Terceiro Anticristo".
Nele, Reading esmiúça a correspondência especular negativa de Nostradamus com a Santíssima Trindade e recorre a um sistema de datação único, identificando Napoleão Bonaparte como o primeiro anticristo, Hitler, como o segundo, além de revelar características do terceiro, a quem chama de "aquele que está por vir".
"Nostradamus, convém lembrar, era um católico dedicado e ortodoxo, mas também um judeu de raça, portanto, sujeito ao ostracismo" comenta o autor, que reuniu, em um só livro, todas as quadras de Nostradamus relacionadas exclusivamente às pessoas por ele consideradas como os três anticristos.
Reading revela que o anticristo mais citado por Nostradamus foi Napoleão Bonaparte, com 47 quadras em seu nome, ou seja, 5% do total de 942 quadras. O segundo foi Hitler, mencionado em 30 quadras.
"Nostradamus escreveu 380 anos antes da aparentemente inexorável subida ao poder de Hitler, o que faz da exatidão factual e do tirocínio histórico concentrados nessas quadras uma façanha ainda mais notável. A aquele que ainda está por vir, Nostradamus dedica um número extraordinário de quadras, 36", pondera Reading.
Em entrevista exclusiva a O TEMPO, quando perguntado se ele considera Nostradamus um profeta, um sensitivo ou um vidente, ele é enfático. "Nostradamus teria rejeitado o termo profeta porque não queria se rivalizar com a Igreja e nem com a Inquisição. Como um católico comprometido - embora sua família tenha sido convertida à força ao judaísmo antes de seu nascimento - Nostradamus sentia que estava reconhecidamente fazendo a obra de Deus, embora não houvesse sido escolhido para fazer uma revelação especial, como teria sido o caso de um profeta. Penso que ele se considerava um vidente, com, dadas as circunstâncias corretas, poderes especiais de precognição".
Para Reading, Nostradamus escreveu as centúrias "porque ele tinha que fazer. A necessidade de comunicar suas ideias era algo esmagador. É preciso lembrar que Nostradamus havia sofrido um trauma em sua vida antes de descobrir seu talento premonitório. Sua primeira esposa e seus dois filhos tinham sido mortos pela peste, algo que o teria atingido", relembra Reading.
Segundo ele, "Nostradamus sofreu profundamente, uma vez que ele era considerado um especialista em peste, tendo desenvolvido a patente de um medicamento para combater a praga, a pílula Rose Pill. Após a morte de sua esposa, ele foi processado pela família dela, sendo, inclusive, obrigado a devolver o dote".
Para Reading, esse foi apenas um de muitos traumas, e foi durante suas andanças, após esse período, que ele descobriu o seu dom.
"Nostradamus, sendo um pedagogo natural, entendeu que a única razão que explicaria a concessão desse dom por Deus era para que ele ensinasse as futuras gerações sobre as lições da história. Ele, portanto, buscou detalhes sobre o passado e o presente e os aplicou ao futuro. Quando teve a visão de um possível apocalipse, sentiu necessidade de alertar as pessoas e os governos do que poderia ocorrer se eles continuassem no caminho, e isso se tornava cada vez mais urgente", explica Reading.
Foi quando Nostradamus percebeu que precisava terminar as dez centúrias com as predições para terminar os dez séculos de suas previsões antes de sua morte, cuja data ele previu corretamente.
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O anticristo que está por vir
Autor identifica local e época do nascimento do terceiro tirano
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