Com 11 estilos de cervejas e outras três a caminho neste ano, a Backer, primeira cerveja artesanal em garrafa em Minas Gerais, também lançará uma loja virtual até o fim deste semestre. Além das novidades, o parque cervejeiro inaugurado há dois meses no bairro Olhos D’Água, em Belo Horizonte, já está recebendo uma média de 2.500 pessoas por mês. “A receita de sucesso da Backer é ter foco e acreditar que o outro dia sempre será melhor”, ensina a otimista diretora de marketing, Paula Lebbos.
Em 4.000 m², o Pátio Cervejeiro da Backer é, para Paula, a conclusão de um sonho. “É todo o nosso conhecimento aprendido durante anos, em nossas viagens e visitas, em várias microcervejarias, destilarias e vinícolas”, explica a publicitária.
No espaço, tem o Pub Templo Cervejeiro que abriga até 400 pessoas. “Temos uma sala multimídia para treinamento, aulas e reuniões para até 40 pessoas. E todos os sábados temos dois horários de visitação na fábrica, com um limite de 20 pessoas por cada período”.
Entre melhorias no chão de fábrica e maquinários, a Backer investiu R$ 5 milhões no parque cervejeiro. A capacidade de produção da fábrica é de até 300 mil litros por mês e a produção atual da Backer é de 240 mil litros mensais.
Pesquisas. Palavra alemã, “Backer” significa “padeiro”, “o que vem do trigo”. “Por isso, escolhemos esse nome, por conter uma grande similaridade com a história do surgimento das cervejas no mundo há milhares de anos”, explica a empresária.
E a Backer quer sempre ser uma microcervejaria? “Sim”, responde. Mas isso não significa uma acomodação. “A Cervejaria Backer procura, por meio de pesquisas constantes, melhorar nossos equipamentos e busca sempre atualizar seus colaboradores”, conta.
Uma amostra do crescimento está nas contratações. Quando foi fundada, em 1999, a Backer tinha três funcionários. Hoje, são 80 colaboradores diretos e outros 30 indiretos.
Mas nem tudo é simples na vida de um empresário de microcervejaria. Uma das coisas que atrapalham a vida de um cervejeiro é “conseguir matéria-prima fresca e de qualidade”. Os maltes da Backer, por exemplo, precisam ser todos importados.
Em âmbito tributário, a coisa também não é tranquila. A Cervejaria Backer paga 18% de ICMS. “Esse valor somado aos outros impostos chega a quase 60% do valor de cada garrafa vendida”, calcula a empresária que tem nas garrafas 60% das vendas atuais da marca.