"Mineiro trabalha quieto, mas trabalha bem. Não faz propaganda e consegue as coisas". Foi assim que o vice-presidente executivo do BMG, Márcio Alaor de Araújo, definiu o sucesso da negociação, em apenas três dias, que definiu a associação do banco mineiro com o Itaú Unibanco, numa joint venture que vai se chamar Banco Itaú BMG Consignado S.A, que atuará especificamente com crédito consignado.
O anúncio aconteceu ontem, em São Paulo, pelo presidente executivo do Itaú, Roberto Setubal, e o presidente do BMG, Ricardo Pentagna Guimarães.
Uma nova taxa de juros do financiamento do crédito consignado ainda não foi pensada e nem detalhes operacionais da nova empresa, como, por exemplo, nome fantasia que terá na praça. "Está tudo muito fresco ainda", disse Ricardo Guimarães em coletiva à imprensa.
A nova empresa, que começa com capital social de R$ 1 bilhão, vai funcionar em São Paulo. O Itaú Unibanco terá o controle com 70% no capital social total e votante, e o BMG terá os 30% restantes. As negociações começaram no último dia 7 e terminaram no dia 9, à noite. "Fomos chamados no sábado para uma conversa, onde foi proposta uma joint venture e não precisava desfazer o BMG, que seria sócio do Itaú nela", contou Márcio Alaor.
Ele acredita que consiga operar num patamar R$ 800 milhões por mês na nova instituição, ante os R$ 500 milhões mensais que o BMG estava fazendo com crédito consignado. "O Itaú deve trazer para a nossa parceria três milhões de clientes", disse Alaor, que espera ver o BMG entre os dez maiores bancos do país. Márcio Alaor será o novo diretor comercial do Banco Itaú BMG Consignado S.A. O banco mineiro ainda terá a diretoria de cobrança, e o restante das diretorias fica com o Itaú.
A família Pentagna Guimarães, controladora do BMG, vai fazer um aporte de R$ 300 milhões no BMG que, por sua vez, fará aporte na joint venture criada em parceria com o Itaú. O banco comandando por Roberto Setubal fará aporte de R$ 700 milhões com dinheiro do próprio caixa.
O Itaú vai continuar operando no segmento, de forma independente, em sua rede de agências. Já o BMG vai seguir com as atuais operações próprias. A negociação não altera, assim, os contratos de crédito consignado vigentes. Daqui para frente, explica Alaor, os novos contratos captados pelo banco passam a fazer parte da joint venture, mas 30% deles podem ir para o BMG.
O presidente do BMG, Ricardo Guimarães, explicou que o foco do banco mineiro vai ser em produtos como recebíveis e financiamento de veículos e pode ainda desenvolver novos negócios, como cartões.
Carteira. O Itaú tem uma carteira de R$ 10 bilhões no consignado. Já o BMG tem R$ 29 bilhões. Setubal afirmou que a nova empresa criada será grande, com participação relevante no mercado. Já o presidente do BMG, Ricardo Guimarães, destacou que a operação é "ganha-ganha" e o banco mineiro vai ter melhor estrutura de funding (captação de recursos no mercado). O Itaú vai prover a instituição com até R$ 300 milhões por mês. Setubal destacou que o Itaú não tem a competência que o BMG tem no consignado, com uma ampla rede de correspondentes bancários. Por isso, a importância da associação com a instituição mineira.
"A expectativa é de que esse negócio dê uma acalmada no mercado", afirmou o analista de instituições financeiras da Austin Rating, Luís Miguel Santacreu.
- Portal O Tempo
- Economia
- Artigo
BMG se associa ao banco Itaú
Créditos já em operação não serão alterados e nova empresa será gigante
Clique e participe do nosso canal no WhatsApp
Participe do canal de O TEMPO no WhatsApp e receba as notícias do dia direto no seu celular
O portal O Tempo, utiliza cookies para armazenar ou recolher informações no seu navegador. A informação normalmente não o identifica diretamente, mas pode dar-lhe uma experiência web mais personalizada. Uma vez que respeitamos o seu direito à privacidade, pode optar por não permitir alguns tipos de cookies. Para mais informações, revise nossa Política de Cookies.
Cookies operacionais/técnicos: São usados para tornar a navegação no site possível, são essenciais e possibilitam a oferta de funcionalidades básicas.
Eles ajudam a registrar como as pessoas usam o nosso site, para que possamos melhorá-lo no futuro. Por exemplo, eles nos dizem quais são as páginas mais populares e como as pessoas navegam pelo nosso site. Usamos cookies analíticos próprios e também do Google Analytics para coletar dados agregados sobre o uso do site.
Os cookies comportamentais e de marketing ajudam a entender seus interesses baseados em como você navega em nosso site. Esses cookies podem ser ativados tanto no nosso website quanto nas plataformas dos nossos parceiros de publicidade, como Facebook, Google e LinkedIn.
Olá leitor, o portal O Tempo utiliza cookies para otimizar e aprimorar sua navegação no site. Todos os cookies, exceto os estritamente necessários, necessitam de seu consentimento para serem executados. Para saber mais acesse a nossa Política de Privacidade.