Com estrutura e acabamento completos, boa localização, metragens menores ou número reduzido de unidades, os imóveis compactos despontam, há tempos, como tendência do mercado imobiliário. Antes construídos para atender pessoas com menor poder aquisitivo, atualmente, tais empreendimentos atendem também as classes média alta e alta.
Preparando-se para se casar, Rodrigo Santos, diretor da Master Turismo, viu nesse tipo de empreendimento uma boa oportunidade para começar a vida e comprou um apartamento compacto no bairro Santo Antônio, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Antes de fechar negócio, ele conta que olhou mais de 40 imóveis, com metragem entre 80 e 120 metros quadrados (m²).
“Busquei um empreendimento menor, pois acredito que atende 100% as minhas necessidades imediatas. Foi uma procura minuciosa. O imóvel que adquiri fica pronto no ano que vem. Ele tem um apartamento por andar, o que me permite maior liberdade, mais privacidade. Além disso, fica na zona Sul, em um ótimo ponto. Certamente não teria o mesmo conforto em um empreendimento de cem unidades, por exemplo”, diz Santos.
Ele acredita que um imóvel menor dá mais flexibilidade e ressalta as facilidades de negociação, pela proximidade de contato com os responsáveis. “Também acredito que em um empreendimento com poucos moradores os inconvenientes são menores, afinal, são menos pessoas para opinar nas decisões, e os gastos também são significativamente mais reduzidos”, diz Santos.
A professora de educação física e personal trainner Ivana de Oliveira Fernandes também optou por um imóvel menor. “Comprei um apartamento no bairro Santa Efigênia, com vaga de garagem e outros requisitos que eu precisava. Além de se enquadrar no que eu queria, o preço coube bem no meu bolso”, comemora.
Na medida. Solução para as empresas que atuam no mercado e lidam com a dificuldade de se conseguir terrenos, os imóveis compactos suprem cada vez mais as demandas existentes nas grandes cidades. Em Belo Horizonte, eles estão espalhados por diversas localidades, sendo construídos, inclusive, em bairros tradicionais como Lourdes e Cidade Jardim.
Para especialistas, esses empreendimentos têm caído no gosto da clientela, pois trazem benefícios como os apontados por Ivana e por Rodrigo.
“Com custos que chegam a aproximadamente R$ 350 mil, esse tipo de empreendimento tem diversas vantagens. Além de financeiramente econômico, proporciona privacidade. Por ser menor, as decisões condominiais são tomadas de maneira mais prática, rápida e fácil. O valor do condomínio também é normalmente mais acessível”, pontua Fábio Pimenta, diretor-proprietário da Dual Netimóveis.
“A praticidade na manutenção do imóvel e, consequentemente, o menor custo dela também são grandes benefícios”, acrescenta Felipe Bicalho, gerente de operações e financeiro da Artes Construtora. Segundo ele, a procura por apartamentos compactos tem sido crescente a cada ano. O perfil do público que busca esse tipo de empreendimento é de jovens casais com faixa etária entre 25 e 35 anos.
“Atualmente, 80% das unidades da empresa, sendo apartamentos de três quartos com 80 m², são vendidas para jovens casais que investem no sonho do primeiro apartamento”, diz Bicalho.
Para quem deseja investir, especialistas afirmam que a opção pelos menores é boa, uma vez que eles têm liquidez no mercado, tanto para revenda quanto para locação.
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