Obras de captação de água do rio Paraopeba foram definidas como prioridade pelo governo de Minas para não haver grandes problemas de abastecimento na região metropolitana de Belo Horizonte. A intenção é transpor água para o rio Manso. Antes, porém, do anúncio dessa prioridade, em 23 de janeiro último, a atual administração da Copasa suspendeu uma obra semelhante que havia sido aprovada e licitada em dezembro de 2014 pela administração passada da companhia. Esse primeiro projeto tinha como destino, no entanto, abastecer o reservatório de Serra Azul.
Com custo estimado de R$ 25 milhões, o projeto licitado em dezembro de 2014 pelos dirigentes anteriores, no governo tucano, previa a construção de uma adutora, visando transportar água do rio Paraopeba para a Estação de Tratamento de Água (ETA) de Serra Azul. O ex-diretor de Operação Metropolitana da Copasa Juarez Amorim informou que a obra foi planejada em meados de 2014, quando o reservatório deu os primeiros sinais de colapso. “A área técnica indicou a obra, e planejamos todo o processo para que a intervenção estivesse pronta em agosto deste ano, época de maior estiagem no Estado. A intenção era preparar a região para o risco de desabastecimento no período de maior seca”, explicou. O objetivo era transportar mil litros por segundo, sendo que o tempo estimado para a obra era de sete meses, segundo Amorim.
A licitação foi realizada no último dia 19 de dezembro, e a empresa vencedora foi a Convap Engenharia e Construções S/A, que apresentou o menor custo: R$ 24,6 milhões. Outras duas empresas, Infracon Engenharia e Comércio e Melhor Engenharia Ltda, disputaram a concorrência. A execução prevista incluía o fornecimento total de materiais das obras, serviços de captação e adutora para transportar, alternativamente, água do rio Paraopeba para o Serra Azul. Outro gasto previsto seria com as obras de suprimento de energia, no valor de R$ 7 milhões, de responsabilidade da Cemig.
Questionada sobre os motivos da suspensão desse investimento, a Copasa informou, por nota, que a obra licitada “prevê a retirada de água na vazão de 1m³/s do rio Paraopeba, bombeando para a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Sistema Serra Azul. Ocorre que a ETA está projetada para tratar água de boa qualidade proveniente do lago da barragem do Serra Azul pelo método de filtração direta. Devido à qualidade da água do Paraopeba ser inferior à qualidade da água do Serra Azul, a estação não consegue tratá-la. Assim, esse processo só terá eficiência quando se promover a adequação da ETA Serra Azul, cuja obra não foi prevista na citada licitação de R$ 25 milhões”.
O ex-diretor, no entanto, defende que no ano passado a Copasa buscou alternativas de novas fontes de produção, e a transposição de mil litros por segundo de água do rio Paraopeba para o sistema Serra Azul foi a mais eficaz. “É um reforço emergencial para evitar o desabastecimento da região metropolitana no segundo semestre deste ano”, alega. A obra foi projetada, a outorga para exploração desse volume adicional no rio Paraopeba foi obtida, e os recursos financeiros, captados pela Copasa junto ao BNDES.
Economia de água em prédios públicos
Governo federal publica no DOU normas para servidores:
Manter as portas e janelas fechadas quando o ar- condicionado estiver ligado
Desligar o ar-condicionado quando não houver ninguém no ambiente
Desligar o monitor dos computadores e impressoras quando não for usar
Apagar luzes dos escritórios ao fim do expediente
No caso de geladeiras e freezers, deve-se evitar que as portas fiquem abertas