Os 25 andares do prédio Bemge, na Praça Sete, receberão um investimento de R$ 56 milhões para receber o projeto P7 Criativo, um coworking dirigido para a indústria e a economia criativas. O orçamento envolve a obra de restauração dos 20 mil metros quadrados do edifício, equipamentos e a infraestrutura necessária para abrigar ao menos 140 empresas. O P7 Criativo deve começar a funcionar no centro da capital no fim de 2018 e, enquanto isso, ocupará um andar de um edifício na avenida Afonso Pena, 4.000, onde o projeto foi lançado nessa quarta-feira (16). A iniciativa é do governo do Estado em parceria com a Fiemg e com o Sebrae Minas.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está entre os financiadores da iniciativa. Segundo o presidente da instituição, Paulo Rabello, a entidade deve aprovar um empréstimo que garanta em torno de 30% do orçamento – cerca de R$ 16,8 milhões.
Cinco empresas de áreas como cultura, tecnologia e saúde já começaram a funcionar no P7 Criativo nessa quarta-feira (16). Segundo o presidente do projeto, Paulo Brant, cerca de 70 organizações estão em fase final de negociação para usar o espaço. “As startups são muito bem-vindas, mas grandes empresas também poderão usar o coworking. Uma que delas é a TOTVS”, conta Brant. O investimento inicial, para essa primeira etapa do P7 Criativo, foi de R$ 1 milhão, segundo Paulo Brant. Além da estrutura de internet para 140 pontos de trabalho, o P7 também oferece oficinas e eventos para o público em geral. “Nosso objetivo é que o Coworking seja autossustentável. Entre as formas de geração de renda, além da taxa que as empresas pagarão para utilizar o espaço, vamos realizar eventos e buscar patrocínios”, acrescenta Brant.
Entre as empresas que já começaram a utilizar o espaço está a Indústria-i Empreendimentos Digitais, que desenvolve softwares para nichos de mercado como saúde e inovação.
Para o diretor da Indústria-i, Daniel Melo, o coworking tem várias vantagens. “Ser startup não é fácil, tem que focar na necessidade do cliente. O coworking ajuda muito a não perder o foco no negócio porque não temos distração com contas, aluguel, condomínio, internet”, opina Melo. Ele também afirma que o coworking permite a geração de novos negócios, “porque são várias empresas, várias pessoas circulando e tendo ideias”, diz. Outros pontos citados por Melo foram a visibilidade que a empresa pode alcançar com o projeto e a ajuda de parceiros, como a Fiemg, tanto na parte financeira como no acesso às linhas de crédito.
Conceito. Paulo Brant explica que a economia criativa é formada por empreendedores que têm foco no conhecimento e na criatividade em diversos segmentos. “Sem a atitude de empreender, e energia para correr riscos, a criatividade e o conhecimento não vão gerar negócios para mudar a economia”, conclui.
Aposta
R$ 56 mi é o investimento na restauração do prédio
R$ 16,8 mi de financiamento do BNDES para o projeto P7 Criativo
140 estações de trabalho já funcionam no P7 Criativo
FOTO: Sebastião Jacinto/P7 Criativo divulgação |
Oficina com impressora 3D realizada ontem no espaço P7 Criativo |