Seul, Coreia da Sul. Um gigantesco desfile no centro de Pyongyang encerrou ontem o congresso excepcional do partido único norte-coreano, que coroou a “estrela brilhante” Kim Jong-Un como líder indiscutível do regime.
Kim, 33, presidiu o evento a partir de uma plataforma que leva à enorme praça Kim Il-Sung, em pleno centro da capital, para onde se dirigiram centenas de milhares de pessoas que agitaram ramos de flores para saudar o herdeiro da dinastia familiar, no poder há 70 anos. Na Coreia do Norte, os grandes desfiles militares são habituais para celebrar datas importantes e para mostrar as últimas aquisições militares, incluindo os mísseis balísticos de longo alcance que ainda estão em fase de desenvolvimento.
O Congresso do partido único reforçou a posição nuclear da ditadura comunista. A maior reunião política de Pyongyang desde 1980 teve um discurso de três horas do ditador Kim Jong Un, segundo o qual o país buscará lançar “uma luta vigorosa” para acabar com o perigo de uma guerra nuclear, que seria gerado pelos Estados Unidos, por meio de “uma poderosa dissuasão nuclear”.
O ditador aparentemente afirmou que a Coreia do Norte estava determinada a mostrar que tinha a capacidade de ameaçar os EUA com um ataque nuclear. Um porta-voz da embaixada norte-americana em Seul recusou-se a comentar, dizendo que as questões devem ser enviadas a Washington.
Os esforços do regime norte-coreano aceleraram neste ano, com um teste ou ao menos a alegação de um avanço na tecnologia de mísseis ou na nuclear anunciado quase uma vez por semana, após o país realizar o quarto teste nuclear em 6 de janeiro. Autoridades sul-coreanas dizem que aparentemente o regime vizinho se prepara para mais um teste nuclear.
A imprensa estatal norte-coreana afirmou que o Congresso do Partido dos Trabalhadores concordou em tornar o status nuclear do país em permanente e fortalecer seu arsenal nuclear “tanto em qualidade quanto em quantidade”.
Bomba. Além disso, o país continuará a desenvolver uma bomba nuclear mais poderosa de hidrogênio. Especialistas chineses estimaram no ano passado que a Coreia do Norte está a caminho de ter cerca de 50 ogivas nucleares, no momento em que o próximo presidente dos EUA assumir o posto, no próximo ano.
Até agora, os pré-candidatos presidenciais dos EUA têm enfatizado o papel da China para pressionar os norte-coreanos. O presidente chinês, Xi Jinping, parabenizou Kim pelo Congresso.
Reino de horror
O poder absoluto e o reinado de terror são marcas de Kim Jong Un. Em 2015, o ditador mandou executar o ministro da Defesa em frente a centenas de pessoas porque ele teria dormido em um desfile militar.
Dois anos antes, o ditador mandou matar o próprio tio, Chang Song-thaek, considerado a 2ª pessoa mais importante do país, sob acusação de conspiração.
Em 2015, entendiado com sua vida, Kim ordenou que fosse criado um harém de jovens mulheres que deveriam “entretê-lo”.
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