MADRI, ESPANHA. Mais de 700 prefeitos na Catalunha dispostos a organizar o referendo de autodeterminação proibido pela Justiça se expõem a ser investigados e até presos, advertiu a Procuradoria Geral da Espanha nessa quarta-feira (13), antes de os separatistas lançarem a campanha para a consulta.
Em uma nota a que a AFP teve acesso, o procurador geral do Estado, José Manuel Maza, ordenou aos procuradores na Catalunha citar como investigados os prefeitos “relacionados com os supostos atos de cooperação na organização do referendo ilegal” de 1º de outubro.
No caso de não comparecerem, o procurador pede “que acordem a sua detenção e apresentação à Procuradoria”. É um feito “muito grave” e sem “precedentes”, criticou Neus Lloveras, presidente da Associação de Municípios pela Independência (AMI), organização que estima em 712, dos 948 prefeitos na Catalunha, os comprometidos em realizar o referendo.
“Que nos prendam, estão loucos!”, reagiu em conversa por telefone com a AFP David Rovira, prefeito do partido PDCat (conservador e separatista) da cidade de Espluga de Francoli, de 3.800 habitantes.
O chefe do governo espanhol, o conservador Mariano Rajoy, decidido a impedir a consulta, pediu novamente às autoridades catalãs que acatem a lei e as decisões judiciais. O presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, qualificou nessa quarta-feira (13) de “barbaridade” a convocação e a ameaça de prisão contra os mais de 700 prefeitos.
“Isso é uma barbaridade. Onde, no mundo ocidental ou europeu, alguém pode pensar que detendo, no pior dos casos, 75% dos prefeitos do país está contribuindo para solucionar o problema?”, questionou Puigdemont.
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Mais de 700 prefeitos desafiam Madri sobre referendo
Procuradoria da Espanha ameaça prender chefes do Executivo ‘dissidentes’
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