Qual prioridade no comando da Frente Nacional de Prefeitos (FNP)?
A Frente não é só reivindicatória, para pedir mais recursos. Ela foca muito a questão da troca de experiências, a difusão de melhores práticas de gestão. Em paralelo a isso, naturalmente, temos contato com o Congresso Nacional para discutir mudanças necessárias e, ainda, com o governo federal. Tivemos uma discussão excelente com Dilma, Temer e outros integrantes do governo sobre o momento do país e alternativas para conviver com a crise e sair dela.
Quais são as alternativas para as prefeituras contornarem a crise econômica?
Não dá para fazer milagres. Uma das questões que levantamos é a possibilidade de financiamentos externos, como forma de fugir das desigualdades do momento. Muitos municípios têm condições de receber esses recursos, e isso necessita de uma negociação.
Mas muitas prefeituras têm lastro para endividamento?
Para buscar recurso externo, é preciso uma estrutura que os municípios de menor porte não têm. Então, neste caso, eles dependem muito dos financiamentos internos, como Banco do Brasil e BNDES.
Como avalia a escolha de Michel Temer para a articulação política do governo Dilma Rousseff?
Vejo com muito otimismo, porque o vice-presidente tem extensa experiência parlamentar e é professor de Direito Constitucional. A articulação política está em excelentes mãos.
O governo Fernando Pimentel disse que trabalha em conjunto com a PBH para criar uma creche e um restaurante popular na Cidade Administrativa. Como está a discussão em torno desses projetos?
Eu apoio totalmente a ideia, mas ainda estamos em conversas iniciais sobre esse assunto.
O senhor apoiou o adversário do governador. Hoje vemos acusações de Pimentel a antecessores. Como o senhor avalia?
A questão eleitoral do ano passado está no ano passado. Não acredito que eu tenha que opinar sobre esse assunto. (DM)