Os eleitores mineiros vão continuar vendo rostos conhecidos na Câmara dos Deputados pelos próximos quatro anos. Das 53 cadeiras reservadas a Minas Gerais, apenas 16 (30%) serão ocupadas por quem não tem mandato hoje. No entanto, a “renovação” no Legislativo federal deve ser tratada entre aspas. Boa parte dos eleitos sem mandato atualmente que conseguiu se eleger já exerceu o cargo ou é parente de algum político.
Como um exemplo está o PSDB, com seis dos sete deputados federais sendo reeleitos. O único que não continua na Câmara a partir do ano que vem é Narcio Rodrigues, que nem se candidatou. No lugar dele no ninho tucano entra seu filho, Caio Narcio, que somou 101.040 votos.
A maior bancada mineira na Câmara será a do PT, com dez parlamentares, um a mais que a composição atual. Oito deles se reelegeram – à exceção de Nilmário Miranda, que ficou como suplente. Quem assumirá sua vaga será Patrus Ananias, deputado mais votado em 2002.
Assim como o ex-prefeito da capital, outros dois políticos que já estiveram na Câmara vão retornar ao posto: Odelmo Leão (PP) e Mário Heringer (PDT).
Outros nomes são conhecidos pelo parentesco com políticos ainda da ativa, aposentados ou em vias de se retirar da vida pública. São os casos de Newton Cardoso Jr. (PMDB), filho do ex-governador de Minas Newton Cardoso; Misael Varella (DEM), filho do deputado federal Lael Varella, recém-eleito suplente de Antonio Anastasia no Senado; e Marcelo Álvaro Antônio (PRP), filho do ex-deputado federal Álvaro Antônio Teixeira.
Há também as mulheres de políticos, como Raquel Muniz (PSC), casada com o prefeito de Montes Claros Ruy Muniz (PRB); Brunny (PTC), mulher do deputado estadual Hélio Gomes; e Dâmina Pereira (PMN), casada com o ex-prefeito de Lavras Carlos Alberto Pereira, que teve a candidatura cassada pela Justiça Eleitoral.