O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) decidiu, por 5 votos a 1, desaprovar as contas eleitorais do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que foi reeleito em outubro. O motivo da decisão foram divergências entre as prestações de contas parciais e o documento final entregue pela campanha de Alckmin à Justiça Eleitoral, o que configura irregularidade grave.
A Procuradoria eleitoral do Estado já havia se manifestado pela desaprovação de contas do governador. O único juiz que foi favorável foi Alberto Toron, da categoria dos advogados (são dois em todo tribunal eleitoral). Para o tesoureiro do PSDB-SP, Luís Sobral, houve uma interpretação errada por parte da corte.
Sobral explica que o lançamento de algumas receitas não apareceu nas prestações parciais porque foram repassados na véspera da entrega das informações à Justiça. "Não foi nenhuma omissão por motivo mirabolante, foi uma questão de sistematização de informações e o seu devido e regular esclarecimento", disse à reportagem.
"Não dá pra fazer isso de qualquer jeito, sem a conferência necessária. Não é uma conta de padaria."