Para a coordenadora do Centro de Convergência de Novas Mídias da UFMG, Regina Helena Alves da Silva a agressividade com que a política vem sendo tratada nas redes sociais é resultado de certa falta de prática. “O Brasil sempre se disse um povo muito ordeiro, que não briga, que fica naquela posição de passividade. As pessoas ficaram tanto tempo sem achar que podiam discutir um posicionamento político, que perderam o traquejo”, avalia.
Para ela, as trocas de boatos, montagens e acusações sobre candidatos já tinham começado em 2010, mas ganharam força neste ano. A coordenadora do curso de gestão de campanhas Políticas na Internet da FGV, Luciana Salgado, acredita que a polarização do segundo turno também acirrou os ânimos. “Antes, você tinha vários candidatos para escolher. Agora, só é o lado A ou B”, pondera.
Apesar dos ânimos exaltados, Regina Helena crê que o resultado será benéfico. “As pessoas descobriram a política. No início, é assim, mas, aos poucos, começarão a ir atrás dos argumentos”, diz. (LV)