O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse em conversas informais com amigos na madrugada deste sábado (7), que “para Dilma, quanto mais gente tiver [na lista], melhor, desde que tenha o Aécio”. O comentário veiculado pelo site UOL, neste sábado, se refere ao levantamento, divulgado nessa sexta (6), sobre parlamentares investigados na Operação Lava Jato da Polícia Federal.
O senador eleito pelo Estado do Alagoas ainda afirmou, de acordo com o site, que a presidente ficou irritada ao saber que o parlamentar mineiro não estava na lista e resolveu redirecionar o foco.
“Dilma só soube que o Aécio estava fora na noite da terça-feira, quando o Janot entregou os nomes para o Supremo. Ficou p… da vida. Aí a lógica foi clara: vazar que estavam na lista Renan e Eduardo Cunha. Por quê? Porque querem sempre jogar o problema para o outro lado da rua. Foi algo dirigido. O ‘Jornal Nacional’ dizendo, veja só, que ‘o Planalto confirma que Renan e Eduardo Cunha estavam na lista’. Veja se tem cabimento? Havia ali uma dezena de nomes, mas o Planalto deliberadamente direcionou a cobertura da mídia para dois nomes. Dois nomes que retiravam o governo momentaneamente dos holofotes”, comentou Renan.
Na próxima terça-feira (10), irá tramitar no Senado a emenda constitucional que obriga ocupantes de cargos executivos (prefeitos, governadores e presidente) a deixar suas funções para concorrer as eleições. No dia seguinte, na quarta (11), os senadores irão votar, ou derrubar, o veto de Dilma Rousseff à correção da tabela do Imposto de Renda.
O alagoano aparenta estar calmo. “Você acha que eu não sei o que é pressão? Naquela última vez havia reportagens diárias de mais de dez minutos sobre mim, no ‘Jornal Nacional’. Eu aguentei tudo sozinho. Estou aqui. Eu sei o que é pressão”.
Senador se refere as acusações de 2007, quando foi acusado de utilizar o dinheiro de uma empreiteira para pagar pensão a uma filha, mas acabou absolvido pelo plenário.