SÃO PAULO. Aliados históricos, DEM e PSDB podem se enfrentar em ao menos cinco unidades da federação na disputa pelos governos locais nas eleições de outubro deste ano. O DEM já definiu que terá candidato em sete estados, entre eles Bahia, Minas, Distrito Federal, Mato Grosso e Goiás, e avalia candidaturas em outros lugares, como São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.
Já o PSDB tem como meta lançar candidaturas próprias em 11, incluindo, assim como o DEM, nomes em Minas, Mato Grosso, DF, São Paulo e Rio.
O caso de Minas Gerais, que detém o segundo maior número de eleitores do Brasil, demanda mais atenção do governador de São Paulo e pré-candidato ao Planalto pelo PSDB, Geraldo Alckmin. Porém, com a possibilidade de Antonio Anastasia aceitar o desafio de disputar as eleições pelo PSDB, a situação do tucano paulista melhora. No entanto, no Estado, o DEM pretende lançar candidatura de Rodrigo Pacheco, que se desfiliou do MDB e será apresentado oficialmente no novo partido nesta segunda-feira (19). Termina do dia 7 de abril a janela partidária, período em que deputados ficam autorizados a mudar de legenda sem o risco de perderem os mandatos.
A cúpula do DEM não descarta fazer parcerias com o PSDB em outros Estados como Amapá, Pernambuco e Pará.
“Hoje, temos uma pulverização de partidos, o que gera muitas candidaturas a presidente. Os palanques estaduais têm uma dinâmica própria e não devem aguardar a definição nacional”, disse Rodrigo Garcia, líder do DEM na Câmara e coordenador da pré-campanha de Rodrigo Maia ao Planalto. Garcia, por exemplo, é cotado pelo DEM para disputar o governo de São Paulo.
Especulado como eventual vice em uma chapa com Alckmin, o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), não vê “muito contraste” entre os dois partidos. “O cenário ainda está em formação, não dá para avaliar o quadro com as pré-candidaturas. Por enquanto, precisa avançar para nós termos mais clareza da realidade local”, afirmou.
Secretário geral do PSDB, o deputado Silvio Torres (SP), acredita que, ao longo das definições dos palanques, as siglas vão convergir. “Provavelmente estaremos juntos na maior parte dos Estados.”
Parceria histórica. DEM e PSDB estiveram juntos nas duas vezes em que Fernando Henrique Cardoso (PSDB) venceu as eleições presidenciais, em 1994 e 1998. Ainda com o nome de PFL, a legenda ocupou o posto de vice do tucano com Marco Maciel.
Maia foi lançado este mês pré-candidato ao Planalto ao mesmo tempo em que o DEM elegeu o prefeito de Salvador, ACM Neto, seu presidente nacional.
Apesar do cenário atual, a manutenção dos dois partidos separados nas eleições é vista como temporária, sobretudo se persistir o cenário em que Alckmin e Maia demoram a decolar nas pesquisas.
Internamente, os democratas dizem que se a corrida solo presidencial se mostrar inviável até julho, prazo máximo para convenções, isso pode ser repensado.
ACM Neto tem conversado com tucanos e, caso a candidatura de Maia não decole, o DEM deve avançar na possibilidade de chapa com Alckmin.
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Disputa entre os aliados DEM e PSDB pode ocorrer em cinco Estados
Palanques devem ser conjuntos em outras unidades da federação
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