A Justiça Federal em Belo Horizonte condenou o ex-diretor do Banco Rural, Nélio Brant, pelos crimes de gestão fraudulenta e gestão temerária de instituição financeira. Ele deverá cumprir pena de 9 anos e 9 meses de reclusão, em regime fechado, e terá que pagar 140 dias multa, no valor de R$ 949.200.
O valor do dia multa foi estabelecido em dez salários mínimos. A sentença é um dos desdobramentos do chamado mensalão tucano. A decisão cabe recurso, e Brant poderá recorrer em liberdade. Outros quatro réus foram absolvidos. Nélio Brant também foi presidente do Atlético.
Os réus foram denunciados pelo MPF em novembro de 2008 juntamente com outras 19 pessoas por crimes decorrentes do esquema criminoso que vigorou durante a campanha de reeleição de Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais no ano de 1998.
A Justiça Federal anunciou que a sentença será publicada na próxima terça-feira (1º) e, até lá, não vai divulgar detalhes e nem comentar sobre o processo.
José Geraldo Dontal, Paulo Roberto Grossi, Caio Mário Álvares e Wellerson Antônio da Rocha, que compunham o comitê de crédito da instituição financeira foram absolvidos por falta de provas.
O Ministério Público Federal informou que recorreu da sentença. A Procuradoria afirma que nos autos existem provas para a condenação dos quatro absolvidos e pede o aumento da pena imposta a Nélio Brant.