Em dia marcado por protestos em Brasília contra o governo Michel Temer (PMDB), o senador afastado Aécio Neves (PSDB), delatado pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, publicou uma nota em seu perfil no Facebook na qual condena os atos de violência e vandalismo durante as manifestações.
“Depredações, ataques incendiários a prédios públicos não podem substituir o debate democrático das propostas centrais para retomada de um novo ciclo, debates que devem se dar nos fóruns adequados, em especial no Congresso Nacional”, afirmou o tucano.
O senador afastado disse também que as acusações a "inúmeros homens públicos" provenientes das delações de Joesley e Wesley Batista não podem "servir de justificativa" para o que aconteceu nas ruas.
Aécio ainda disse que há um “clima de intransigência” instaurado no país que “tende a dificultar ainda mais a aprovação de reformas imprescindíveis para tirar o país das dificuldades geradas pela recessão em que os últimos governos nos meteram”.
Nesta quarta-feira (24), o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, informou à defesa do senador afastado que ele terá um prazo de 15 dias para apresentar uma resposta ao pedido de prisão que a Procuradoria Geral da República (PGR) voltou a fazer em relação ao tucano.
Na delação premiada firmada com o Ministério Público Federal (MPF), Joesley Batista relatou encontro com o tucano realizado no dia 24 de março em um hotel em São Paulo. Na ocasião, conforme a investigação, Aécio pediu R$ 2 milhões ao empresário alegando que precisava de recursos para pagar sua defesa nos inquéritos em que é alvo.