Brasília. O PT finalizou seu 5º Congresso, ontem, adotando um tom mais ameno na defesa dos colegas de partido condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão. A poucos meses do início do processo eleitoral, prevaleceu entre os petistas a escolha por um texto mais “light”, que fizesse referência ao assunto, mas sem um enfrentamento com o Supremo ou previsão de ações diretas do PT em relação ao tema.
A ponderação de que um texto mais duro pudesse atrapalhar a campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, e mesmo candidaturas de petistas nos Estados, foi feita em reunião de lideranças do partido, que decidiu pela apresentação da versão moderada. Mesmo assim, chegou a ser lida e descartada moção que pedia uma campanha popular pela desconstrução do julgamento da Ação Penal 470 e a revisão criminal pela anulação da “injusta” sentença.
A resolução que acabou sendo aprovada isenta o PT de ações diretas em relação aos mensaleiros, restringindo o papel do partido a apoiar iniciativas e ações da militância petista e movimentos sociais “em favor da reparação das injustiças e ilegalidades cometidas contra os companheiros condenados no julgamento da Ação Penal 470”.