SÃO PAULO. Citado por mais de um delator da Lava Jato como contato indicado pelo senador afastado Aécio Neves (PSDB) para o recebimento de pagamentos ilegais, o tesoureiro de campanhas do PSDB em Minas, Oswaldo Borges da Costa, negou nessa quarta-feira (28) ter recebido propina ou atuado para beneficiar grandes empresas durante o governo de Aécio em Minas.
Esta foi a primeira manifestação de Costa desde quando foi acusado por diretores da Odebrecht de operar para Aécio o recebimento de propina relacionada a obras estatais. Em depoimento prestado na sede da Polícia Federal (PF) em Brasília, ele admitiu ter recebido executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez a pedido de Aécio, na época em que era presidente da Codemig, mas negou ter tratado com eles de irregularidades.
Em delação, ex-executivos da Odebrecht relataram o pagamento de R$ 5,2 milhões de propina referente à construção da Cidade Administrativa. No depoimento à PF, o tesoureiro afirmou que “nunca pediu ou nem a ele foi oferecido percentual de 3% sobre o valor da obra”.
Furnas. Em depoimento prestado em maio à PF, Aécio negou ter defendido a permanência de Dimas Fabiano Toledo em uma diretoria de Furnas, como relatou o senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido) em sua delação.
O tucano afirmou que “não realizou nenhum tipo de pedido ou gestão, para que Dimas Fabiano Toledo permanecesse à frente da Diretoria de Engenharia de Furnas”, e acrescentou que não realizou nenhum outro pedido para a ocupação de nenhum cargo durante o governo do ex-presidente Lula.
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Tesoureiro de Aécio nega propina
Ex-executivos da Odebrecht relataram o pagamento de R$ 5,2 milhões de propina referente à construção da Cidade Administrativa
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